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Bolsa: será o ADIA o grande vendedor por trás do JP Morgan?

Na esteira de uma reestruturação em curso há dois anos, fundo soberano de Abu Dhabi desmontou equipe que fazia gestão de América Latina

Queda na bolsa: venda pesada via JP Morgan virou assunto febre na fintuit (Getty Images/Getty Images)

Queda na bolsa: venda pesada via JP Morgan virou assunto febre na fintuit (Getty Images/Getty Images)

GV

Graziella Valenti

Publicado em 4 de maio de 2022 às 14h25.

Última atualização em 4 de maio de 2022 às 14h33.

O mercado está desde a semana passada tentando descobrir quem é o misterioso vendedor “de Brasil” que atuou por meio do JP Morgan. Na semana passada, foram contratos de índice e, nessa, ações que compõem a carteira teórica diretamente. O assunto virou febre na fintuit. Todo mundo curioso para saber se há algum “gringo grande” desmontando posição em bolsa aqui. “Só pode ser essa a explicação”, é o que se ouvia.

Surgiu um forte candidato a autor das vendas: o fundo soberano de Abu Dhabi, o ADIA, que tem um valor estimado de US$ 850 bilhões sob gestão. O número exato pouquíssimas pessoas conhecem. É segredo mesmo.

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A curiosidade sobre as vendas é para lá de pertinente. O Índice Bovespa caiu 10,1% em abril, o maior tombo desde março de 2020 — o mês em que o sentimento foi de apocalipse, com a chegada da covid-19. O investidor estrangeiro que vinha trazendo dinheiro para Brasil e puxando a bolsa, vendeu em abril — tirou mais de R$ 5,5 bilhões, depois de ter colocado mais de R$ 68 bilhões desde o começo de 2022.

O ADIA decidiu desmontar o time que fazia gestão de América Latina. A decisão foi tomada há cerca de um mês — muitos no mercado já sabiam — e faz parte um processo de transformação profunda da gestão, que vem ocorrendo há cerca de dois anos, e afetou a forma como é feita a alocação em diversas regiões.

Como o que se diz é que por trás do JP Morgan há um fundo soberano, o mercado juntou as informações. O destino da carteira do ADIA é algo que tem agitado a indústria de gestão de recursos há algumas semanas, pois há expectativa de que parte do cuidado dos recursos seja terceirizada. Mas, não está clara qual será estratégia, se esse é mesmo o caminho ou se a casa, que passou os últimos anos investindo em machine learning e inteligência artificial, adotará outros rumos.

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