Male hands holding a sieve and throws up soybean grains. (Lucas Ninno/Getty Images)
Editora do EXAME IN
Publicado em 18 de abril de 2024 às 18h20.
Última atualização em 18 de abril de 2024 às 18h22.
A Boa Safra, líder em produção de sementes de soja no Brasil, acaba de levantar R$ 300 milhões em seu follow-on, colocando toda a oferta base, de R$ 200 milhões, mais metade do lote adicional de R$ 200 milhões que foi levado a mercado, segundo fontes próximas à operação.
A ação saiu a R$ 16,50, um desconto de cerca de 2,5% em relação ao dia de lançamento da oferta e de 9% na comparação com o soft launch, anunciado em 25 de março.
A família Colpo, controladora, entrou com os R$ 90 milhões a que tinha se comprometido de largada, bem como a gestora HIX, que tinha 6% de participação antes da oferta e subscreveu R$ 30 milhões.
Os recursos captados na oferta vão ser utilizados para reforçar o caixa, num momento em que a companhia mira um crescimento agressivo, tanto na via orgânica quanto em aquisições.
As sucessivas quebras de safra colocaram vários produtores no corner e abriram a possibilidade para consolidações a preços atrativos no setor.
Desde o IPO, a Boa Safra já fez duas aquisições: a da BestWay, de olho em começar a produzir semente de milho, e da DaSoja, que aumentou o alcance comercial em sementes.
Há diversos ativos na rua que podem interessar na consolidação. Um candidato óbvio é a Agrogalaxy, que mandatou o Santander para buscar um interessado na sua divisão de sementes.
A ideia inicial é atrair um sócio para o negócio, mas uma venda integral não está descartada.
Na contramão das promessas frustradas dos IPOs de 2021, a Boa Safra construiu uma trajetória de resultados consistentes desde sua estreia na Bolsa.
Dobrou sua capacidade de produção do seu carro-chefe, expandiu para novas regiões, entrou na produção de sementes de milho e está diversificando seu portfólio para outras commodities agrícolas. O objetivo é atingir 15% do market share de sementeiras no país nos próximos anos. Hoje, a empresa tem em torno de 7%.
Desde o IPO, as ações avançam 66%.