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Bimbo, dono dos pães Pullman, compra Wickbold

Grupo mexicano levará, além das marcas Wickbold e Seven Boys, as quatro fábricas da panificadora paulista

Wickbold: marca paulista foi criada há 88 anos (Wickbold/Divulgação)

Wickbold: marca paulista foi criada há 88 anos (Wickbold/Divulgação)

Raquel Brandão
Raquel Brandão

Repórter Exame IN

Publicado em 30 de agosto de 2024 às 17h58.

Última atualização em 31 de agosto de 2024 às 14h37.

Dona da marca de pães Pullman, dos bolinhos Ana Maria e do Rap 10, a mexicana Bimbo fechou um acordo com para a compra da Wickbold, dona da marca de mesmo nome e das célebres bisnaguinhas Seven Boys. A notícia foi antecipada pelo Neofeed.

Além das duas marcas, a transação inclui as quatro fábricas localizadas nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

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"O Grupo Bimbo compartilha do compromisso da Wickbold com o bem-estar dos brasileiros e reafirma a importância de um impacto positivo para a sociedade e para o meio ambiente. Nesse cenário, com a integração das duas empresas, o Grupo Bimbo reitera o propósito em nutrir um mundo melhor, complementando o portfólio com marcas que os consumidores amam e reforçando a atuação no país", diz comunicado enviado pelas empresas.

Com 88 anos, a empresa foi fundada por Henrique Wickbold em São Paulo e desde 2020 era comandada por Pedro Wickbold, da quarta geração da família.

Paixão por marcas e vendas: a combinação que trouxe Carlos Lisboa para a Ambev

De capital fechado, a companhia abre poucos números de seu negócio. Em 2022, segundo reportagem da EXAME, a expectativa era de faturar R$ 1,6 bilhão. Naquele ano, a Wickbold comprou uma fábrica em Guarapuava, no Paraná para produzir bolos, brownies e panetones, num passo de sua estratégia de diversificação.

Desde 2018, Pullman e Wickbold, marcas das duas companhias, revezam entre si as posições 2 e 3 de mercado, atrás apenas da Panco. O segmento é bastante pulverizado e dominado pelos produtos artesanais.

A Bimbo faturou 98 bilhões de pesos mexicanos (em torno de R$ 28,15 bilhões) no segundo trimestre deste ano. Os números mostraram um mercado melhorando no México, mas mais desafiado na América Latina, por causa do Chile e da Colômbia, apesar do crescimento de 3,8% na região.

No Brasil, o trabalho recente de reestruturação permitiu registrar ganhos recentes, segundo a equipe do BTG Pactual (do mesmo grupo de controle da EXAME). A América Latina é o menor mercado da empresa, representando 9,3% das vendas.

De capital aberto, o Grupo Bimbo tem visto suas ações caírem mais de 18% neste ano. Nesta sexta-feira, os papéis, negociados no mercado mexicano, subiam 2,26%.

A transação com está sujeita a aprovação dos órgãos regulatórios.

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