Americanas: negociações pausadas por preço e competição de talentos (Leandro Fonseca/Exame)
Repórter Exame IN
Publicado em 6 de novembro de 2023 às 21h54.
Última atualização em 6 de novembro de 2023 às 22h17.
A Americanas acaba de informar que vai suspender as negociações para a venda do Hortifruti Natural da Terra e que não deve retomá-las no curto prazo.
Na semana passada, o Valor Econômico noticiou que o St. Marche, controlado L. Catterton, estaria em conversas exclusivas com a Americanas para comprar a rede de supermercados, por cerca de R$ 700 milhões – um terço do valor pago pela varejista em 2021.
Sem citar nomes do possível comprador, a Americanas soltou um fato relevante informando que “está em discussões com o potencial interessado no Natural da Terra para formalizar, de comum acordo, o encerramento do período de exclusividade negociado entre as partes”.
Há quase um mês, a companhia há havia informado a desistência do processo de venda da Uni.co, dona da Imaginarium e da Puket. Na época em que lançou o processo de recuperação judicial, o plano era levantar cerca de R$ 2 bilhões com os dois ativos. A proposta mais recente que está sendo costurada com os credores já não leva em conta essas alienações.
No comunicado de hoje, além de citar preço, a varejista afirmou que não quer que o processo de venda dos ativos tire o foco do time da companhia na elaboração das demonstrações financeira de 2021 e 2022, que ainda não foram entregues, e do plano de recuperação judicial.
Segundo a companhia, apesar de serem “parte importante do plano de recuperação judicial”, as vendas de Natural da Terra e Uni.Co só fazem sentido “dentro de determinados parâmetros, principalmente de preço, mas também de condições de mercado, competição por recursos internos, gestão do time entre outros”.