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Acelerando no mercado internacional, Oakberry traz CEO para operação no Brasil

Rede de açaí traz Bruno Costa, ex-Kopenhagen, para liderar mercado nacional, e libera foco do fundador para expansão no exterior

Com passagens por Kopenhagen, Evino e Adidas, Bruno Costa acaba de assumir a operação brasileira (Arte/Exame)

Com passagens por Kopenhagen, Evino e Adidas, Bruno Costa acaba de assumir a operação brasileira (Arte/Exame)

Natalia Viri
Natalia Viri

Editora do EXAME IN

Publicado em 7 de agosto de 2024 às 11h57.

Última atualização em 7 de agosto de 2024 às 12h14.

Em meio a um plano agressivo de internacionalização, a Oakberry, de açaís, está trazendo um executivo para liderar a operação brasileira – trazendo foco para o mercado nacional, já mais maduro e, liberando tempo e energia do fundador e agora CEO global Georgios Frangulis para a expansão fora do país.

Com passagens por nomes como Adidas, Evino e mais recentemente no Grupo CRM, que era dono da Kopenhagen e da Brasil Cacau antes da venda para a Nestlé no ano passado, Bruno Costa acaba de assumir o cargo, trazendo na bagagem um conhecimento de varejo multicanal e fidelização de clientes.

A Oakberry faturou R$ 600 milhões em 2023, 20% acima do ano anterior e tem a meta agressiva de chegar a R$ 1 bilhão em receita bruta neste ano, após receber um maior cheque da sua história, de R$ 325 milhões, de um fundo de impacto do BTG Pactual, que se tornou acionista minoritário da companhia.

Metade dos recursos foram para o caixa da companhia e a outra metade foi secundária, dando saída a outros sócios.

A maior parte da expansão vem do mercado internacional. A Oakberry já está presente em mais de 40 países, que respondem por 70% do faturamento.

O objetivo é ampliar esse percentual para 80% neste ano, com inaugurações de lojas próprias nos Estados Unidos, Portugal e Austrália – um passo importante para entender melhor os mercados antes de partir para uma estratégia mais agressiva em franquias, modelo que a consagrou no Brasil.

A Oakberry já tinha 35 lojas nos Estados Unidos e deve finalizar este ano com a abertura de 100 pontos próprios.

Apesar de representar uma fatia menor do faturamento, dado o câmbio e a maior maturidade das operações, a receita no país segue crescendo a taxas de dois dígitos.

À frente da operação brasileira, Costa terá a missão de consolidar a operação – que apresentou um crescimento vertiginoso de maneira orgânica nos últimos anos, principalmente via demanda reativa de franqueados que queriam abrir os pontos além das lojas próprias.

Com 400 unidades no país, de lojas de rua a quiosques em shoppings e galerias, a Oakberry vem reduzindo o ritmo de expansão acelerado do pré-pandemia, mas ainda tem inaugurado entre 70 e 80 lojas por ano.

O foco na expansão é fora do Sudeste, onde já tem uma presença mais ampla. Desde 2022, a companhia também tem apostado também em supermercados, e vê potencial para desenvolver uma o açaí como uma nova categoria de consumo neste canal.

Nos últimos anos, o foco na Oakberry no Brasil tinha ficado mais da porta para dentro, com a verticalização da operação, que envolveu a construção de uma fábrica própria no Pará – que hoje produz 100% dos produtos, inclusive os exportados – e uma rede própria de distribuidores, financiadas em boa parte por um aporte de R$ 84 milhões feito pela Monte Bravo e sua gestora, a Kilima Asset, em 2021.

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