Misturando música e luta, mas sem estabelecer contato físico, essa aula já existe (Gerville/Getty Images)
Agência de notícias
Publicado em 11 de julho de 2023 às 10h05.
Há dias em que a rotina frenética no trabalho pede uma válvula de escape. O ideal, então, seria frequentar uma aula para liberar o estresse, as cobranças e as regras, certo? Misturando música e luta, mas sem estabelecer contato físico, essa aula já existe.
“O tae fight significa caminho da luta e surgiu em 1998, em Tóquio, como uma forma de complementar as aulas coreografadas de luta sem contato”, explica César Minakawa, idealizador da modalidade e professor de educação física.
A ideia central do tae fight, segundo o professor César Minakawa, é simular várias situações de luta, que podem variar conforme a técnica marcial que o aluno preferir. “A grande sacada é mostrar aos professores que participam dos meus treinos que é possível trabalhar o corpo do aluno por meio da luta. Isso acontece graças à ergonomia dos golpes e à fisiologia dos movimentos”, explica.
“Durante as aulas, os praticantes aprendem golpes precisos e coordenados com contato em equipamentos apropriados conforme a arte marcial escolhida pelo aluno, aliado também ao seu objetivo”, complementa.
Em um primeiro momento, os exercícios são focados no desenvolvimento da coordenação, resistência, força e potência. “Em seguida, trabalhamos tempo de reação e reflexo condicionado. Por último, simulamos um combate com diferentes estímulos para não estabilizar o corpo”, detalha o professor. Dependendo do enfoque pretendido nas aulas de tae fight, é possível desenvolver exercícios tanto aeróbios quanto anaeróbios.
Essa é uma modalidade que pode ser praticada por qualquer pessoa e é bastante positiva para a saúde mental. “O dinamismo da aula e seus elementos funcionam como uma válvula de escape para o estresse. Por isso, a modalidade é uma ótima opção para pessoas que atuam em cargos de liderança, funcionários que são cobrados diariamente, que acumulam muitas responsabilidades. Cerca de 30% dos meus alunos me procuram por indicação de terapeutas para recuperar a autoestima, controlar a depressão”, afirma César Minakawa.
O tae fight também é procurado por ex-lutadores, que querem continuar exercitando os movimentos da luta sem estar em combate. “Há também os alunos que querem aprender os movimentos, mas têm receio do contato físico”, complementa.