O contrato bilionário de Cristiano Ronaldo com o Al-Nassr e as desigualdades salariais no Brasil. (Fayez Nureldine/Getty Images)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 28 de junho de 2025 às 07h20.
Em 2025, Cristiano Ronaldo firmou um contrato histórico com o Al-Nassr, da Arábia Saudita, tornando-se o jogador de futebol mais bem pago do mundo.
Seu salário anual está estimado em cerca de 200 a 400 milhões de euros, o que equivale a aproximadamente R$ 1,3 a R$ 2,5 bilhões por ano, dependendo da fonte e dos bônus incluídos no contrato.
Esse valor astronômico se traduz em cerca de R$ 7 milhões por dia, R$ 293 mil por hora, R$ 4,9 mil por minuto e cerca de R$ 82 por segundo. Além do salário fixo, Cristiano Ronaldo recebe bônus por gols, assistências, títulos e artilharias, além de participação acionária no clube, o que aumenta ainda mais sua renda.
Para colocar esses números em perspectiva, o salário mínimo no Brasil em 2025 foi fixado em R$ 1.518 mensais, valor que representa o menor ganho legal para trabalhadores formais no país e serve como base para diversos benefícios sociais e previdenciários.
Contudo, o Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Econômicos (Dieese) aponta que o salário mínimo ideal para cobrir as despesas básicas de uma família brasileira deveria ser de R$ 7.528,56, quase cinco vezes o valor oficial.
A disparidade entre os rendimentos de Cristiano Ronaldo e o salário mínimo brasileiro é impressionante. Enquanto o jogador ganha cerca de R$ 7 milhões por dia, um trabalhador que recebe o salário mínimo precisaria de aproximadamente 12 anos para acumular essa quantia.
Em termos mais precisos, Cristiano Ronaldo leva apenas 18,61 segundos para ganhar o equivalente a um salário mínimo mensal no Brasil. Em uma hora, ele ganha o que um trabalhador formal brasileiro levaria mais de 16 anos para receber.