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Rebeca Andrade conquista prata na final da ginástica artística em Paris; veja como foi a prova

O Brasil ainda concorre na final individual feminina por aparelhos; Flávia Saraiva disputa no solo, Julia Soares na trave e Rebeca Andrade no salto e no solo

Ginástica artística: veja como foi a competição feminina individual (Lionel BONAVENTURE/AFP)

Ginástica artística: veja como foi a competição feminina individual (Lionel BONAVENTURE/AFP)

Luiza Vilela
Luiza Vilela

Repórter de POP

Publicado em 1 de agosto de 2024 às 15h30.

Última atualização em 1 de agosto de 2024 às 16h17.

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Depois de conquistar o bronze nas Olimpíadas de Paris pela competição em equipe de ginástica artística feminina, Brasil disputou nesta quinta-feira, 1º, a final de individual geral na Arena Bercy. Maior aposta do país, Rebeca Andrade terminou a competição com a medalha de prata. O pódio final ficou com Simone Biles (ouro), Rebeca Andrade (prata) e Sunisa Lee (bronze). Flavia Saraiva, que também concorria, terminou em 9° lugar.

Andrade competiu diretamente com Simone Biles, atualmente a melhor ginasta do mundo e sua principal adversária. A norte-americana conquistou as notas mais altas da competição, com destaque no salto e no solo — nos quais pontuou com 15.766 e 15.033.

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Na final individual da ginástica, as atletas se apresentam nos quatro aparelhos: salto, barras assimétricas, trave e solo. As finalistas do time brasileiro foram Rebeca Andrade — medalhista de ouro nos jogos de Tóquio e principal aposta deste ano — e Flávia Saraiva. Jade Barbosa, Lorrane Oliveira e Júlia Soares não se classificaram.

O Brasil ainda concorre na final individual feminina por aparelhos. Flávia Saraiva disputa no solo, Julia Soares na trave e Rebeca Andrade no salto e no solo.

Rebeca Andrade e Flavia Saraiva: como foi a prova da ginástica artística

Solo

No solo, a primeira brasileira a se apresentar foi Flávia Saraiva. Ao som do Can Can, a carioca fez uma apresentação limpa, mas escorregou no segundo salto e caiu com a barriga no chão. Ela se manteve firme até o final da série finalizou com muito carisma, mas teve uma penalização forte pela queda. A nota final foi de 12.333.

Rebeca Andrade entrou com a mesma música que fez nas demais apresentações. Logo na primeiro salto Tsukahara, pisou para fora do tatame. O segundo salto foi cravado, com uma série de mortais. O terceiro salto terminou cravado, com execução impecável. No último duplo mortal carpado, ela teve um leve desequilíbrio, com o pé um pouco para trás. No fim, completou uma ótima série que foi decisiva para o pódio. Rebeca fechou com nota de 14.033.

Simone Biles terminou o solo com a decisão do pódio. A norte-americana fez uma das séries mais difícil até o momento, com saltos cravados. Uma série de espacates no ar e piruetas fizeram com que Biles garantisse o ouro para os Estados Unidos. A nota final foi de 15.066.

Veja as notas da equipe brasileira:

  • Flavia Saraiva: 12.333
  • Rebeca Andrade: 14.033

Simone Biles e Rebeca Andrade na final das Olimpíadas de Paris de 2024 ( Paul ELLIS/AFP)

Salto

Rebeca foi a primeira brasileira a disputar no salto. Com uma pirueta e meia na saída, ela repetiu a pontuação da final por equipes, com 15.100. Seguida dela, a maior adversária de Andrade, a norte-americana Simone Biles, cravou uma nota mais alta, em especial pela dificuldade: performou 15.766 com o salto mais difícil da ginástica atualmente.

Flávia Saraiva foi a última a se apresentar no aparelho. A carioca entrou um pouco de lado, acertou o salto no ar, mas pecou na saída, com as pernas mais abertas e um desequilíbrio notável. A nota final foi de 13.633.

Veja as notas da equipe brasileira:

  • Flavia Saraiva: 13.633
  • Rebeca Andrade: 15.100

Rebeca Andrade nas barras assimétricas nas Olimpíadas de Paris. (Paul ELLIS/AFP)

Barras assimétricas

Flávia foi a primeira brasileira a entrar no aparelho. A ginasta performou com um 180° com pirueta e terminou a apresentação com um mortal cravado no chão, com um desequilíbrio quase imperceptível. A nota da carioca foi de 13.900.

Rebeca entrou pela barra mais baixa, performou um stalder com pirueta e fez bem as ligações. No geral, fez uma boa série e terminou quase cravada, com um pequeno passo para o lado. Os movimentos tiveram um leve desconto na nota de dificuldade e a nota final foi de 14.666.

Biles faturou sua nota mais baixa no aparelho, por ter escapado das barras e encostado e dobrado os pés para não encostá-los no chão. A série teve uma nota alta de dificuldade, no entanto. A pontuação final da norte-americana foi de 13.733.

Veja as notas da equipe brasileira:

  • Flavia Saraiva: 13.900
  • Rebeca Andrade: 14.666

Flavia Saraiva na trave garante sua maior nota na competição até o momento (Lionel BONAVENTURE/AFP)

Trave

Flavinha estreou a trave na final individual. Ela entrou na barra com um mortal de costas, cravado, e fez sua melhor série até agora no aparelho em Paris. A atleta teve dois desequilíbrios quase imperceptíveis, performou saltos flic e um layout e saiu com dois mortais carpados. O Brasil chegou a pedir a revista da nota para o Comitê Olímpico, que chegou a consultar o VAR, mas manteve a primeira pontuação. A nota final foi alta, de 14.266.

Rebeca Andrade entrou na trave com salto simples com um leve desequilíbrio. No segundo movimento, a ginasta chegou a ter mais um desequilíbrio, com a perna para fora da trave. Andrade saiu com dois mortais carpados, e finalizou uma série sólida, ainda que não tenha sido uma de suas melhores. A nota final foi de 14.133.

Simone Biles entrou na trave com com salto simples, igual ao de Rebeca. Apesar de ter sofrido alguns desequilíbrios, a norte-americana performou uma série de altíssimo nível — o que aumenta bastante a nota de dificuldade na composição. Ela saiu do aparelho com um Tsukahara, não cravado. A nota final foi de 14.566.

Veja as notas da equipe brasileira:

  • Flavia Saraiva: 14.266
  • Rebeca Andrade: 14.133
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