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Rayssa Leal: 'Fadinha' chega aos 15 anos com medalha olímpica e campeã mundial

Prodígio do skate brasileiro, maranhense começou no esporte após um vídeo aos sete anos em que ela aparece fantasiada de Sininho

Rayssa Leal: atleta de 13 anos se tornou o rosto do skate no Brasil.  (Julio Detefon (CBSk)/Reprodução)

Rayssa Leal: atleta de 13 anos se tornou o rosto do skate no Brasil. (Julio Detefon (CBSk)/Reprodução)

AO

Agência O Globo

Publicado em 4 de janeiro de 2023 às 09h06.

Prodígio do skate brasileiro, a maranhense Rayssa Leal completa 15 anos nesta quarta-feira. A debutante do dia, que começou ainda bem nova no esporte, aos sete anos, já conquistou uma medalha de prata olímpica. O grandioso feito na ainda recente carreira da atleta aconteceu nos Jogos Olímpicos de Tóquio, em 2021, no Japão. Ela disputou a modalidade street, e, com o lugar no pódio, se tornou a mais jovem medalhista da competição na história do país. À época da disputa, ela tinha apenas 13 anos.

Nascida na cidade de Imperatriz, a segunda maior do Maranhão, a skatista viralizou na internet ao fazer manobras fantasiada. Algum tempo depois, ela chegou a rejeitar apelido de "Fadinha", carinhosamente dado por internautas, mas mudou de ideia antes de fazer história em terras japonesas. O jornalista Felipe Andreoli, que revelou a história em sua conta no Instagram, lembrou ter ouvido da skatista que, com a adolescência batendo à porta, ela preferia não ser mais conhecida pelo apelido de infância, que parecia não combinar com uma atleta profissional.

Assim ela entra no panteão do esporte brasileiro: como a mais jovem medalhista do país em Olimpíadas, aos 13 anos; como a primeira mulher brasileira a subir ao pódio no skate

Ela se tornou conhecida depois que a mãe dela fez um vídeo em que Rayssa aparece vestida com uma fantasia de fadinha. À época, ela tinha sete anos.

O apelido de "Fadinha" veio aos 7 anos, quando viralizou nas redes sociais um vídeo em que Rayssa, fantasiada de fada, fazia manobras com seu skate em Imperatriz, no sul do Maranhão. O vídeo foi compartilhado por uma lenda do skate, o americano Tony Hawk, e ganhou o mundo.

Segundo Andreoli, Rayssa chegou a pedir para que não fosse mais chamada de "fadinha". Perto da Olimpíada, mudou de ideia ao ver que o apelido tinha caído nas graças da torcida, empolgada com a participação de uma atleta tão jovem e talentosa, que parecia fazer manobras complicadas para qualquer adulto como num passe de mágica.

A história de Rayssa com Letícia é um caso à parte. Em 2015, após viralizar com o vídeo vestida de fada, Rayssa foi entrevistada pelo programa "Esporte Espetacular" e conheceu Bufoni, uma das principais referências do skate feminino para meninas de todo o mundo. Era Dia das Crianças, e a "Fadinha" chorou como uma ao abraçar Bufoni.

Com a entrada no circuito profissional do skate, Rayssa e Bufoni tornaram-se companheiras inseparáveis também fora das pistas. Na Vila Olímpica em Tóquio, as duas skatistas andavam juntas, brincavam, tiravam selfies e, claro, treinavam. Anos depois do primeiro encontro no Dia das Crianças, companheiras de profissão e de seleção, chegou a vez de ambas se emocionarem novamente, agora com a prata de Rayssa. Coisa de gente grande.

Nascida em abril de 2008, Rayssa tornou-se, do alto de seu 1,45m e 35kg, não só a mais jovem medalhista, mas também a atleta mais nova do Brasil a participar de uma Olimpíada. A marca anterior era da nadadora Talita Rodrigues, que competiu nos Jogos de Londres-1948 com 13 anos e 11 meses, quatro meses acima da idade atual da skatista.

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