Esporte

Por que Rafaela Silva perdeu o bronze? Entenda a regra que tirou a medalha do Brasil no judô

Judoca lutou contra a japonesa Haruka Funakubo nesta segunda-feira

Rafaela Silva, judoca disputou nas Olimpíadas de Paris (Alex Pantling/Getty Images)

Rafaela Silva, judoca disputou nas Olimpíadas de Paris (Alex Pantling/Getty Images)

Mateus Omena
Mateus Omena

Repórter da Home

Publicado em 29 de julho de 2024 às 13h44.

Última atualização em 29 de julho de 2024 às 13h48.

Tudo sobreOlimpíadas 2024
Saiba mais

A frustração atingiu muitos brasileiros com a derrota de Rafaela Silva na disputa pelo bronze na categoria até 57 kg do judô, nesta segunda-feira, 29. Por outro lado, a despedida da judoca se deu por uma nova regra implementada para a dinâmica das Olimpíadas de Paris.

Introduzida em 2022, a regra faz parte de uma série de mudanças que gerou críticas até mesmo de figuras importantes do esporte, como a própria campeã olímpica do Rio 2016.

Desde janeiro de 2022, a Federação Internacional de Judô proíbe o mergulho de cabeça no tatame, considerando o movimento perigoso e, portanto, banindo-o.

Por que Rafaela Silva foi desclassificada?

Em um confronto contra a japonesa Haruka Funakubo, Rafaela foi desclassificada em sua luta por uma projeção de cabeça no tatame e ficou sem a medalha.

A luta contra Funakubo, considerada a 6ª melhor do mundo no judô, ocorreu após Rafaela selar sua vitória por ippon contra a georgiana Eteri Liparteliani nesta manhã. Ambas foram até o golden score com duas penalidades cada - ou seja quem levasse a próxima penalidade perderia.

Mais cedo, um atleta da Mongólia também foi desclassificado pela mesma razão.

Na época das mudanças, a Federação Internacional recebeu críticas, inclusive de Rafaela Silva, que classificou as alterações no livro de regras como “ridículas”. Além da proibição do mergulho de cabeça, o golpe seoi nage invertido passou a resultar em punição em vez de pontuação.

A alteração feita pela federação também se baseia no comportamento dos lutadores durante o combate.  Os atletas agora podem ser penalizados com um shido se ajustarem o kimono ou o cabelo mais de uma vez durante a luta.

A organização defendeu as mudanças, com o diretor de esportes, Vladmir Barta, afirmando que as alterações foram baseadas em recomendações das confederações nacionais.

Veja a seguir a íntegra do texto sobre a regra:

Artigo 18.2.1 Hansoku-make para Técnicas Perigosas

Técnicas usando mergulho de cabeça são perigosas e serão penalizadas com hansoku-make.

1. "Mergulhar" de cabeça no tatame, inclinando-se para a frente e para baixo enquanto executar ou tentar executar técnicas como uchi-mata, harai-goshi, kata-guruma etc. É proibido dar cambalhota para frente quando uke está sobre os ombros ou nas costas de tori.

2. Defesa da cabeça, para garantir que o Judô tenha o mínimo de traumas possível, se uke tenta voluntariamente usar a cabeça em qualquer movimento que seja perigoso para sua cabeça, pescoço ou coluna, para defesa e para evitar cair/escapar de uma pontuação, ele será penalizado com hansoku-make.

Acompanhe tudo sobre:Olimpíadas 2024Judô

Mais de Esporte

Fórmula 1: Verstappen conquista 4° título consecutivo; Russell vence etapa

Jogos de hoje, domingo, 24 de novembro: onde assistir ao vivo e horários

Jogos de hoje, sábado, 23 de novembro: onde assistir ao vivo e horários

Youtuber causa polêmica ao jogar como titular de time argentino; relembre casos similares no Brasil