Maradona: o ídolo argentino faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após uma crise cardiorrespiratória enquanto se recuperava em casa de uma cirurgia na cabeça para a retirada de um hematoma (Agustin Marcarian/Reuters)
Redação Exame
Publicado em 11 de março de 2025 às 12h39.
Quatro anos após a morte de Diego Maradona, começa nesta terça-feira, 11, na Argentina, o julgamento de sete profissionais de saúde acusados de responsabilidade no falecimento da lenda do futebol. A primeira audiência acontece no tribunal de San Isidro, cidade-satélite ao norte de Buenos Aires, e o processo deve durar pelo menos até julho.
Os réus enfrentam acusações de "homicídio simples com dolo eventual", que ocorre quando alguém assume o risco de causar a morte sem intenção direta. Se condenados, podem pegar entre oito e 25 anos de prisão.
Cerca de 120 testemunhas devem depor, incluindo familiares, especialistas e médicos que trataram Maradona ao longo dos anos.
O ídolo argentino faleceu em 25 de novembro de 2020, aos 60 anos, após uma crise cardiorrespiratória enquanto se recuperava em casa de uma cirurgia na cabeça para a retirada de um hematoma. Segundo a autópsia, a causa da morte foi "edema pulmonar agudo secundário e insuficiência cardíaca crônica agravada".
Maradona sofria de múltiplas doenças, como problemas cardíacos, hepáticos, renais, deterioração neurológica e dependência de álcool e drogas psicotrópicas. Sua morte gerou comoção global e luto oficial de três dias na Argentina.
Entre os sete profissionais de saúde no banco dos réus estão:
Uma oitava ré, a enfermeira Dahiana Madrid, será julgada separadamente por um júri popular.
Os promotores alegam que Maradona estava "abandonado à própria sorte", sem receber cuidados adequados. Um relatório médico de 2021 apontou que o tratamento foi “inadequado, abaixo do padrão e imprudente”. O juiz do caso, Orlando Díaz, questionou a conduta dos acusados, alegando que não cumpriram com suas responsabilidades médicas.
Os réus negam qualquer responsabilidade pela morte de Maradona.
*Com informações da AFP