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“Pix da CBF”: clubes recebem mais de R$ 150 milhões nos primeiros jogos da Copa do Brasil

Nesta quarta-feira, 29, participantes conhecem os adversários na terceira fase, estágio em que entram os campeões regionais e times da Libertadores

O valor distribuído pela CBF vem do acordo com patrocinadores, vendas de propriedades comerciais em estádios e direitos de transmissão (Buda Mendes/Getty Images)

O valor distribuído pela CBF vem do acordo com patrocinadores, vendas de propriedades comerciais em estádios e direitos de transmissão (Buda Mendes/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 30 de março de 2023 às 10h34.

Conhecida pelas altas premiações no torneio, a entidade já repassou mais de R$150 milhões em prêmios nesta edição. A tendência é que este valor ultrapasse os R$400 milhões até a final. Para a próxima etapa, os clubes serão divididos em potes, de acordo com o ranking da confederação.

Apesar do meme das redes sociais, o ‘’Pix da CBF” gera grande impacto nos cofres das agremiações, principalmente para os times com um orçamento mais baixo, que, ao vencerem um jogo na Copa do Brasil, conseguem quitar a folha salarial por boa parte da temporada. Para efeito de comparação, o Santos, time que está no Bloco I, que paga os valores mais recheados, já arrecadou mais de R$5,2 milhões.

Como foi distribuído o valor?

O valor distribuído pela CBF vem do acordo com patrocinadores, vendas de propriedades comerciais em estádios e direitos de transmissão. Com cotas divididas, a Betano, casa de apostas online, é a detentora dos naming rights. Nas arenas, empresas como Intelbras, Penalty e Cobrecom também ocupam os espaços de exposição disponíveis nas partidas.

“É um campeonato que representa muito bem o futebol brasileiro. Vejo como um casamento perfeito, de uma empresa 100% brasileira com uma competição que conta com representantes de todas as regiões do país. Além disso, do ponto de vista comercial, é um torneio que tem alta visibilidade e que conta com uma participação intensa na mídia”, afirma Bernardo Caixeta, gerente de marketing e relações esportivas da Penalty.

Dentro das quatro linhas, a edição chama a atenção pelas surpresas. Das equipes da elite do futebol brasileiro, Vasco, Cuiabá, Goiás e RB Bragantino foram eliminados por times de divisões inferiores. Para a terceira fase, a Série B segue com seis equipes, mesmo número da terceirona. Nova Iguaçu-RJ, Maringá, Águia de Marabá-PA e Brasil de Pelotas-RJ são os representantes das divisões inferiores.

“A receita paga pela CBF é importante para os investimentos no restante da temporada. Por outro lado, do ponto de vista da consolidação nacional do Botafogo-SP, é ainda mais marcante chegar nesta fase de disputa em que poderemos enfrentar as melhores equipes do cenário nacional”, ressalta Adalberto Baptista, responsável pela SAF botafoguense.

Além da bonificação oficial, as ativações dos patrocinadores incrementaram ainda mais o ‘’bicho’’ repassado aos atletas. A Motbot, primeira plataforma de crowdfunding esportivo do país, possui um sistema para arrecadar doações de torcedores que, em caso de vitória, são repassados para o time e jogadores. Se perderem, o valor é devolvido aos fãs.

“É uma das principais competições do futebol brasileiro. Para as equipes com menor orçamento, a classificação na Copa do Brasil ganha ainda mais importância. Na atual edição, já tivemos alguns cases, com uma mobilização muito grande dos torcedores para a arrecadação de valores para o bicho. Nas próximas fases, a expectativa é que o apelo dos duelos aumente e sabemos que, por mais que a parte esportiva se sobressaia, a questão financeira também tem um grande prestígio, principalmente por se tratar de um torneio milionário”, argumenta Ricardo Neves, CEO da companhia que atua com mais de 17 times no país.

Na próxima rodada, além dos oito times que disputam a Copa Libertadores, o São Paulo, nono colocado do último Brasileirão, Sport, vice-campeão da Copa do Nordeste, Paysandu, campeão da Copa Verde, e Cruzeiro, vencedor da Série B, entram na briga pelo troféu.

Alessandro Barcellos, presidente do Internacional, ressalta a força da Copa do Brasil e a importância de uma boa campanha para o Colorado. “Não só no aspecto técnico, mas é um torneio muito forte economicamente, com altas premiações e alta exposição das marcas parceiras, tanto do clube quanto da CBF. É um campeonato extremamente atraente para todos que disputam”, afirma o dirigente.

Na mesma linha, Marcelo Paz, mandatário do Fortaleza, time que disputa pelo quinto ano consecutivo nesta temporada, explica que a fórmula de disputa também pode ser vista como um diferencial.

“Nos últimos anos, conseguimos fazer boas campanhas, o que nos motiva ainda mais para a edição deste ano, em que temos objetivos técnicos cada vez mais desenvolvidos. O torcedor brasileiro gosta dos jogos mata-mata, enchem os estádios, gerando rendas milionárias aos clubes e movimentando os programas de sócio-torcedor”, afirma Paz.

Depois de ser eliminado na estreia por quatro anos consecutivos, o Sport ganhou um “atalho” para 2023. Como o Fortaleza venceu a Copa do Nordeste e também ficou no G-8, a equipe pernambucana herdou uma vaga na terceira fase. Além de pular duas fases, o Leão da Ilha também já garante uma premiação maior por estar entre os trinta e dois melhores.

“Estamos construindo uma campanha sólida neste início de temporada. Agora, além da Série B, teremos um duelo importante pela Copa do Brasil. Como estamos no pote 2, iremos enfrentar um clube da elite do futebol brasileiro, o que é importante para o projeto do Sport. Queremos disputar rotineiramente com grandes agremiações para voltar a brigar por conquistas maiores”, comenta Yuri Romão, presidente do Sport.

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