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Os sete indícios que a polícia espanhola tem contra Daniel Alves no caso de agressão sexual

O jogador de futebol está preso desde a última sexta-feira (20) em uma penitenciária

Até que um recurso de sua defesa seja bem-sucedido, o ex-jogador do F.C.Barcelona permanecerá atrás das grades (Josep Lago/AFP/Divulgação)

Até que um recurso de sua defesa seja bem-sucedido, o ex-jogador do F.C.Barcelona permanecerá atrás das grades (Josep Lago/AFP/Divulgação)

AO

Agência O Globo

Publicado em 21 de janeiro de 2023 às 13h05.

Última atualização em 23 de janeiro de 2023 às 09h26.

O jogador de futebol Daniel Alves deu entrada na prisão de Brian, na Espanha, nesta sexta-feira (20) acusado do crime de agressão sexual, que pode ser punido com pena entre um e 12 anos de reclusão após a entrada em vigor da lei 'só sim é sim'. Até que um recurso de sua defesa seja bem-sucedido, o ex-jogador do F.C.Barcelona permanecerá atrás das grades.

O Juiz de Instrução nº 15 acatou os pedidos deprisão cautelar apresentados tanto pelo Ministério Público quanto pelo Ministério Público. Para a justiça, existe o risco de fuga do jogador que lhe permitiria escapar, uma vez que vive no México apesar de já ter se desligado do clube Pumas e também por ser brasileiro.

Há indícios que apóiam a gravidade da denúncia de estupro apresentada contra ele por uma jovem de 23 anos por fatos ocorridos na madrugada de 30 a 31 de dezembro na Sutton Boate. As indicações que o EL PERIÓDICO tomou conhecimento até o momentosão as seguintes:

  •  Declaração da vítima: a Unitat Central d'Agressions Sexuals (UCAS), um grupo de investigadores dos Mossos d'Esquadra, dá credibilidade à história da mulher, que assegurou, como adiantou o jornal El Periódico, ter sido levada contra a sua vontade por Alves a um lavaboA na área VIP da boate e depois foi esbofeteada e estuprada.
  • Informação médica: a mulher após a suposta agressão, foi atendida por uma ambulância chamada pela boate Sutton e transferida para o Hospital Clínic. Láele passou por um exame médico. O relatório inclui que ela sofreu ferimentos leves compatíveis com a luta supostamente mantida com o jogador de futebol. Foram colhidas amostras biológicas no lavabo que deverão serverificadas futuramente se forem de Alves.
  • O vestido da mulher: a mulher foi formalizar uma denúncia contra Alves dois dias depois do ocorrido. Ela contou o que aconteceu e forneceu o relatório médico. Ela também entregou o vestido que usava na noite da suposta agressão sexual. As pesquisadoras da UCAS, unidade com dois anos e meio e composta 70% por mulheres, iniciaram a investigação.
  • Câmeras: uma das primeiras verificações realizadas pelo UCAS foi revisar as gravações da câmera de segurança da boate Sutton. Segundo o relato da vítima, Alves insistiu muito para que ela o seguisse. Então, ele entrou no banheiro, onde não há câmeras. Segundo as fontes consultadas, as gravações não desmentem sua versão.
  • O vídeo de Daniel Alves: Alves enviou um vídeo a um programa da Antena 3 uma semana depois dos acontecimentos em que negava a agressão e dava a entender que tinha ido ao banheiro e acidentalmente se deparou com a vítima, que estava lá dentro.Uma versão que mudou e que ele não manteve durante seu depoimento perante ojuiz nesta sexta-feira (20). Para condená-lo ou absolvê-lo, apenas as palavras que disser em tribunal serão levadas em conta, mas as declarações que fez no programa podem minar a credibilidade do seu depoimento se ficar provado que mentiu.
  • As testemunhas: o relatório que o UCAS entregou ao juiz inclui as gravações das câmeras de segurança e também as versões oferecidas por testemunhas que estiveram com Alves e a vítima. O jogador estava com um amigo, e a jovem, com dois amigos. Consta ainda as explicações do garçom que, a pedido deles, incentivou as mulheres a sentarem-se com Alves e seu amigo na sala VIP.
  • Amostras biológicas: uma vítima de agressão sexual deve sempre ir ao hospital após o fato. Embora seja muito difícil, você deve fazê-lo sem trocar de roupa, tomar banho ou ir ao banheiro, como fez o denunciante. Pode ser a chave para identificar o agressor porque no exame médico, que em Barcelona é sempre realizado no Hospital Clínic, podem ser encontrados vestígios de DNA nos fluidos ou no cabelo do agressor e, assim, descobrir quem é. No caso de Alves, a vítima já identificou o autor do crime. No entanto, se as amostras biológicas obtidas do denunciante correspondessem ao perfil genético de Alves, haveria a comprovação de que, pelo menos, o que ele declarou publicamente na Antena 3 não corresponde à verdade.

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