Brasileirão: veja mais detalhes sobre a taça do campeonato (Lucas Figueiredo/CBF/Flickr)
Estagiária de jornalismo
Publicado em 25 de novembro de 2025 às 19h54.
O Flamengo pode ser campeão do Brasileirão nesta terça-feira. Se vencer o Atlético-MG e o Palmeiras perder para o Grêmio, o time carioca será campeão antecipadamente e levará para casa não apenas o troféu, mas também a maior premiação da história da competição: R$ 48,1 milhões.
Sobre o troféu em si, trata-se de uma peça de 15 quilos de bronze banhado a ouro.
A taça atual do Brasileirão, utilizada desde 2014, é muito mais do que um símbolo de glória. Com 60 centímetros de altura e dimensões de 45 cm de largura por 40 cm de profundidade, a peça criada pelo artista plástico Holoassy Lins de Albuquerque carrega elementos que "conversam" com a identidade nacional, como um losango e uma bola dourada central fazendo alusão à bandeira brasileira.
A história dos troféus do futebol brasileiro é marcada por diferentes modelos e até disputas judiciais. Entre as décadas de 1950 e 1970, vencedores da Taça Brasil e do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, posteriormente unificados como títulos brasileiros, recebiam troféus específicos para cada edição, sem padronização.
Em 1975, veio a Taça das Bolinhas, criada pela Caixa Econômica Federal. Composta por 156 esferas, uma de ouro e as demais de prata banhadas a ródio, a peça prometia posse definitiva ao primeiro clube que conquistasse três títulos consecutivos ou cinco alternados. Flamengo e São Paulo ainda travam uma batalha na Justiça pela posse do troféu.
Em 2014, a CBF encerrou essa dispersão de designs e encomendou o modelo atual. Diferentemente da antiga taça, uma nova peça é produzida a cada temporada e entregue definitivamente ao campeão, enquanto réplicas menores são fornecidas aos clubes para seus acervos. O Cruzeiro foi o primeiro a erguer esta versão moderna.
Além do troféu físico, o campeão do Brasileirão 2025 garantirá a maior fatia dos cerca de R$ 481 milhões distribuídos pela CBF, algo em torno de R$ 50 milhões. O vice-campeão recebe R$ 45,7 milhões, enquanto o terceiro colocado leva R$ 43,3 milhões. Os valores são pagos pela TV Globo, detentora dos direitos de transmissão, e representam 30% do contrato total.
Os rebaixados não recebem qualquer premiação. A temporada 2025 também marca a entrega do Troféu Roberto Dinamite ao artilheiro da competição, com prêmio de R$ 100 mil acrescido de R$ 5 mil por gol marcado.
Com 93,05% de chances de vencer o título, segundo cálculos da Universidade Federal de Minas Gerais, o Flamengo pode confirmar nesta terça-feira sua nona conquista do Brasileirão.