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Lucas Paquetá é chamado para depor em CPI da Manipulação de Jogos e Apostas

Jogador de 27 anos prestará depoimento no dia 29 de outubro, junto da influenciadora Deolane Bezerra

Agência o Globo
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Publicado em 10 de outubro de 2024 às 14h12.

Última atualização em 10 de outubro de 2024 às 14h13.

O meio-campista Lucas Paquetá foi convocado para depor na CPI da Manipulação de Jogos e Apostas Esportivas, no dia 29 de outubro. O jogador, que está com a seleção brasileira para os jogos das Eliminatórias da Copa do Mundo de 2026, foi chamado oficialmente pelo senador Jorge Kajuru, presidente da CPI, nesta quinta-feira.

Paquetá irá depor no mesmo dia da influenciadora Deolane Bezerra, envolvida em outro caso. O atleta do West Ham, da Inglaterra, será ouvido após ser denunciado por suspeita de envolvimento com esquema de apostas esportivas em jogos da Premier League.

O brasileiro enfrenta uma investigação da Federação Inglesa (FA) por suposto envolvimento em casos de apostas. No fim de maio, Paquetá foi acusado de receber o cartão amarelo de forma deliberada em jogos da Premier League para que colegas lucrassem com apostas — e os desdobramentos dessa investigação podem levar ao banimento do jogador a nível mundial.

Os jogos investigados pela FA para motivar as acusações foram contra o Leicester City, em 12 de novembro de 2022, contra o Aston Villa, em 12 de março de 2023, contra o Leeds United, em 21 de maio de 2023, e contra o Bournemouth, em 12 de agosto de 2023.

De acordo com o jornal britânico The Sun, todas teriam sido feitas a partir da Ilha de Paquetá, no Rio de Janeiro, onde o meia nasceu. Uma das apostas de que o jogador tomaria cartão amarelo numa das partidas investigadas foi no valor de apenas 7 libras (R$ 46, na cotação atual). A mais alta delas foi de 400 libras (R$ 2,6 mil). Como o atleta, de fato, recebeu o cartão amarelo, os ganhos dos apostadores chegaram a 100 mil libras (quase R$ 670 mil).

Ainda segundo o jornal, a FA quer que Lucas Paquetá seja "banido para sempre" se for considerado culpado das acusações. O The Sun aponta que, em casos semelhantes, o zagueiro Kynan Isaac, do Stratford Town, foi suspenso por dez anos, e Bradley Wood, do Lincoln City, foi afastado por seis temporadas após receberem cartões amarelos propositais.

Na época da acusação, o meio-campista usou as redes sociais para se dizer inocente e que cooperava com as investigações.

"Estou extremamente surpreso e chateado com o fato de a FA ter decidido me acusar. Cooperei com todas as etapas da investigação e forneci todas as informações que pude durante estes nove meses. Nego as acusações na íntegra e lutarei com todas as minhas forças para limpar meu nome. Devido ao processo em andamento, não fornecerei mais comentários", postou o jogador.

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