Agência de notícias
Publicado em 18 de agosto de 2025 às 13h21.
O ex-volante francês Lassana Diarra processou a Fifa e a Federação Belga de Futebol (RBFA), solicitando uma indenização de 65 milhões de euros (aproximadamente R$ 410 milhões) pelos prejuízos causados pelas regras de transferências, consideradas incompatíveis com o direito comunitário da União Europeia pela justiça europeia. O anúncio foi feito nesta segunda-feira, 18, pelo advogado de Diarra, Martin Hissel.
De acordo com Hissel, devido à decisão do Tribunal de Justiça da União Europeia (TJUE) e "na ausência de uma solução amigável", é comum recorrer aos tribunais nacionais para que a sentença do TJUE seja implementada.
Em outubro do ano passado, o TJUE determinou que certas normas da Fifa sobre transferências internacionais de jogadores violavam o direito europeu, uma decisão que impactou profundamente o mercado do futebol.
O caso de Diarra foi analisado a pedido da justiça belga, em que o jogador, em 2014, rescindiu seu contrato com o Lokomotiv de Moscou e assinou com o Charleroi da Bélgica. Diarra, que havia sofrido uma redução salarial significativa, optou por deixar o Lokomotiv, que, por sua vez, exigiu US$ 22 milhões (aproximadamente R$ 118 milhões) devido à rescisão unilateral do contrato.
Com receio de ter que pagar uma grande indenização, conforme as regras de transferência, o Charleroi desistiu da contratação de Diarra, que levou o caso à justiça belga, com o apoio do sindicato global de jogadores FIFPro.
Diarra criticou a recusa das autoridades do futebol em buscar uma solução amigável, afirmando que isso reflete uma cultura de desrespeito ao Estado de direito e aos jogadores, mesmo após a clara mensagem do TJUE.
"Infelizmente, teremos que nos explicar novamente aos juízes. Não temos outra opção", completou o ex-jogador.