Esporte

Interesse pelo futebol feminino no Brasil cresceu 34% nos últimos cinco anos

Pesquisa foi feita pela Sponsorlink, e especialistas analisam expansão

Copa do Mundo Feminina: jogadoras da Seleção Brasileira em partida contra a Jamaica (Mark Avellino/Getty Images)

Copa do Mundo Feminina: jogadoras da Seleção Brasileira em partida contra a Jamaica (Mark Avellino/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 25 de agosto de 2023 às 16h32.

Uma pesquisa realizada neste mês de agosto pela consultoria Sponsorlink, do Ibope Repucom, mostra que o interesse pelo futebol feminino no Brasil cresceu 34% desde 2018, e isso reunindo homens e mulheres.

Entre homens, eram 35.40 milhões interessados na modalidade em 2018, e agora saltou para 50.70 milhões - um incremento de 43%. Já entre as mulheres, o crescimento foi de 26% no mesmo período, sendo 37.2 milhões com algum nível de interesse em futebol em 2018, saltando para os 46,7 milhões atuais.

Receba as notícias mais relevantes do Brasil e do mundo em primeira mão. Inscreva-se no Telegram da Exame

"Tenho acompanhado esse crescimento na prática, ou seja, através da movimentação de negócios, de novos eventos, do interesse dos veículos de mídia, bem como do crescimento da audiência", explica Fábio Wolff, membro do comitê organizador do Brasil Ladies Cup, torneio amistoso de futebol feminino.

"Ainda existe uma confusão sobre o interesse no futebol feminino, partindo do princípio que é focado para mulheres. Mas isso não é verdadeiro. Quem gosta de futebol, aprecia o esporte, o espetáculo e a experiência que ele proporciona. Quando mais desenvolvemos a modalidade feminina, mais interessados - homens e mulheres, em acompanhar o futebol feminino", pontua Liana Bazanela, diretora executiva de marketing do Sport Club Internacional.

Marcos Sabiá, CEO do galera.bet, empresa que foi uma das pioneiras entre plataformas de aposta no incentivo ao futebol feminino, com parcerias com Corinthians e CBF, e atualmente patrocinador máster da Ferroviária, a empresa tem uma profunda convicção da relevância do futebol feminino. "Sabemos o quanto a modalidade representa não só esportivamente mas também do ponto de vista social. Nossos patrocínios históricos à modalidade, que tem hoje no projeto vencedor da Ferroviária de Araraquara um exemplo bem sucedido, demonstram essa crença e é com muita satisfação que percebemos o aumento consistente do interesse do público", aponta.

Apostas esportivas realizadas por mulheres cresce em 2023

A Copa do Mundo feminina, que terminou neste último final de semana, e a enorme divulgação em torno de publicidade e patrocínios, fizeram com que as apostas esportivas realizada por mulheres aumentasse 31% neste ano, em comparação com 2022. Os dados são da plataforma Esportes da Sorte, que é a única casa de aposta a ultrapassar 1 milhão de seguidores no Instagram e com maior número de patrocínios entre os clubes das séries A, B e C, com 10 no total.

“O crescimento do futebol feminino com números expressivos também entre as mulheres é uma grande notícia e coloca-se como uma grande oportunidade para os próximos passos e ambições da modalidade”, explica Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

"Futebol feminino é realidade. O produto está evoluindo dia após dia e a as críticas sobre a qualidade do jogo só acontecem porque os críticos estão, justamente, assistindo as competições. Aos poucos, as marcas vão enxergando a plataforma como um todo, faz parte do processo. Os números não mentem e as verbas destinadas para a modalidade também não", corroboraArmênio Neto, especialista em negócios do esporte e sócio-fundador da Let's Goal.

"À medida em que a modalidade se profissionaliza cada vez mais e recebe um carinho maior dos clubes, federações e confederações, é natural que haja este crescimento gradativo e expressivo. A luta das mulheres tem sido árdua, mas com muita garra elas estão conquistando o espaço que é delas de direito. É preciso que haja cada vez mais investimentos, estrutura, apoio e organização para que elas possam mostrar o real potencial da modalidade como um todo. Desta forma, as marcas terão ainda mais interesse em apoiar este crescimento que é visível e digno de felicidade para todos que acompanham a luta das meninas e torcem por elas", complementa Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

Acompanhe tudo sobre:Copa do Mundo FemininaFutebol femininoFutebol

Mais de Esporte

Jogos de quinta-feira, 21: onde assistir ao vivo e horários

Cruzeiro fecha patrocínios pontuais para final da Copa Sul-Americana

A parceria inédita entre NFL e Netflix, com Beyoncé como atração principal

Qual é o time de futebol mais antigo do Brasil?