São vários os recordes de Pelé, que o fizeram inclusive entrar para o "Guinness Book" (Netflix/Divulgação)
O eterno jogador de futebol Edson Arantes do Nascimento, o rei Pelé, morreu nesta quinta-feira, 29 de dezembro. Ele deixa, além de um profundo sentimento de perda, uma lista de legados para os atuais e futuros jogadores do esporte, detentor de inúmeros recordes e prêmios.
Vítima do câncer, o rei é considerado um dos melhores jogadores de todos os tempos. E não à toa: só pelo Santos — seu time original —, o ex-jogador colecionava seis títulos do Campeonato Brasileiro. Foram, também, duas Libertadores. Pelo Brasil, garantiu três estrelas à seleção brasileira na Copa do Mundo, em 1958, 1962 e 1970, o que o torna o maior vencedor do Mundial.
Mas a lista só começa aí. São vários os recordes do rei, que o fizeram inclusive entrar para o Guinness Book. Em 21 anos de carreira, ele tem no currículo mais de 60 títulos conquistados.
Veja a lista de recordes do eterno Pelé:
Se vencer três Copas para o Brasil já não fosse suficiente, Pelé também tem um recorde pessoal difícil de ser superado: fez, em sua carreira, 1.283 gols em 1.375 jogos, o que o fez ser, por muito tempo, o maior artilheiro da história do esporte.
A maior parte dos tentos de Pelé foi pelo Santos, um total de 1.091 gols (contando os feitos em jogos não oficiais). Foram 64 gols também pelo New York Cosmos e 77 na seleção brasileira.
Hoje, de acordo com a contagem oficial da Fifa, que considera somente os jogos oficiais, o rei aparece na quarta posição. Os cinco primeiros são Cristiano Ronaldo (807), Josef Bican (805), Romário (772), Pelé (767) e Lionel Messi (759), contando os marcos da última Copa do Mundo, no Catar.
A aqueles que não estão familiarizados com o termo, um hat-trick é o ato de fazer três gols em uma mesma partida de futebol. E Pelé é um recordista nesse talento: fez 92 hat-tricks em toda a sua carreira, um recorde quase impossível de ser superado. Para ter ideia, em segundo lugar, aparece Cristiano Ronaldo, com 56.
Além de disparar na frente nesse recorde, ele também foi o jogador mais jovem da história do esporte a marcar três tentos na semifinal da Copa do Mundo de 1958, com somente 17 anos.
Até a Copa do Mundo de 2022, Pelé também era, sozinho, dono do título de maior artilheiro da seleção brasileira — de acordo com os dados computados pela Fifa. Ao longo de sua carreira, ele marcou 77 gols pelo Brasil em 92 jogos.
No último jogo da seleção contra a Croácia, Neymar também atingiu o feito: fez a mesma quantidade de tentos, mas levou 124 partidas para conquistar o título.
Pela contagem da Confederação Brasileira de Futebol (CBF), no entanto, o rei permanece como o maior artilheiro de todos os tempos para a seleção, com 95 gols em 113 jogos. Neymar ainda precisa, por essa contagem, fazer mais 18 gols pelo Brasil para se equiparar a Pelé.
Além de quebrar os recordes de 'bola na rede', Pelé também mostrou — desde o início da carreira — que entraria em campo para fazer história. Foi (e ainda é) o jogador mais novo a conquistar uma Copa do Mundo. Com 17 anos e 249 dias, o rei marcou dois gols na final contra a Suécia, em 1958, que garantiram a vitória do Brasil no Mundial.
Neste fatídico 29 de junho, o placar de 5 x 2 para o Brasil trouxe três recordes a Pelé pela idade: o mais jovem a levantar a Taça Jules Rimet e o mais novo também a disputar uma final de Copa Mundo — recorde esse que já foi superado por Kylian Mbappé, em 2018.
Jogadores vão e vêm, entram e saem de campo. É o curso natural da vida e do próprio esporte. Mas é difícil encontrar algum com os feitos do rei: um gigante dentro de campo, imbatível, insuperável e eterno nos recordes do esporte.
Pelé deixa um símbolo de grandeza sem precedentes, não só por ser um dos maiores artilheiros de todos os tempos mas também por ser o maior jogador negro a fazê-lo: um legado importantíssimo para o esporte.
Vítima de câncer no intestino, aos 82 anos, ele crava o sentimento de luto nacional e deixa sete filhos, dois netos e a esposa Márcia Aoki.
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