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Fãs de basquete podem pagar até R$ 150 mil para assistir ao jogo decisivo da NBA

Ingressos para o jogo que pode valer o título variam de R$ 10 mil a R$ 150 mil e são os mais caros da história

Confronto entre o Celtics e o Dallas Mavericks (Peter Casey - Pool/Getty Images)

Confronto entre o Celtics e o Dallas Mavericks (Peter Casey - Pool/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 17 de junho de 2024 às 19h44.

Última atualização em 17 de junho de 2024 às 19h56.

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Imagine desembolsar R$ 150 mil para assistir a um jogo da NBA. É esse o valor mais alto para estar no TD Garden, em Boston, esta noite, no confronto 5 entre Celtics e Dallas Mavericks, que pode dar o título ao Celtics em caso de vitória. Os preços são do site da Ticketmaster, parceira da NBA na venda de ingressos, e já são considerados os mais caros da história da modalidade.

No começo da série das finais, que aconteceu em 6 de junho, o valor mais caro era vendido por US$ 21 mil, cerca de R$ 110 mil, posicionado exatamente na primeira fileira, quase colado à quadra e banco de reservas. Já o mais barato saía por R$ 3,2 mil. Agora no duelo 5, o mais barato sai por R$ 5,2 mil.

Segundo o levantamento feito pela Forbes, por meio da plataforma TicketiQ, os ingressos mais baratos aumentam jogo a jogo. Com isso, a previsão para o Jogo 7, que é o último, caso o Dallas consiga igualar a vantagem, que hoje é de 3 a 1 para o Celtics, o valor para o setor mais caro será de R$ 360 mil, enquanto o mais barato, R$ 8,5 mil.

A série final, no entanto, tem tudo para acabar hoje, justificando o preço excessivo da entrada. De acordo com as principais plataformas de apostas esportivas consultadas no país, como BETesporte, Esportes da Sorte, Onabet, Casa de Apostas, Reals, Galerabet, Odds&Scouts e Bet7k, o Dallas Mavericks é muito azarão para estender o confronto para mais uma partida e paga em seu palpite três vezes mais do que um prognóstico no Boston Celtics.

Considerada uma das finais mais importantes entre todos os esportes americanos e também globais, os valores dos ingressos traduzem o montante das 30 franquias que disputam a NBA, estipuladas em cifras que chegam a US$ 3 bilhões.

Os dois times que chegaram às finais, por sinal, entre os dez melhores avaliados; o Celtics é o quarto no ranking (US$ 4,7 bilhões), enquanto o Mavericks aparece em sétimo (US$ 4,5 bilhões).

Os donos das duas franquias também estão entre os executivos mais ricos do mundo. A empresária Miriam Adelson, proprietária do Mavericks, tem uma fortuna avaliada em US$ 30 bilhões, sendo a 56ª pessoa mais rica do planeta. No Celtics, um dos quatro sócios da equipe, Irving Grousbeck, é o que tem detém uma fortuna maior, estimada em US$ 2,5 bilhões.

"Esse é um produto que tem uma característica bem evidente da diferença de preço e valor. O valor que tem esta final, por tudo que ela envolve, é único. E não é novidade que os eventos esportivos estão atraindo cada vez mais os olhares de marcas e patrocinadores, e consequentemente cada vez mais caros, porque tem uma quase lei da escassez aqui, com o limite de lugares na arena e em uma final que reúne duas das maiores marcas da NBA. Certamente o esporte move paixões, mas não são só os torcedores comuns que vão desembolsar esse valor. São empresários, celebridades que querem estar juntos nesse momento, seja na quadra, seja na própria NBA House em São Paulo. O esporte é cada vez mais um lugar de entretenimento e é por isso que se paga tão caro", afirma Roberto Bosco, CFO da agência da End to End.

“O preço alto é sinônimo do valor que a liga conseguiu criar para seu produto e reflexo da alta demanda por esses tíquetes que para esses torcedores significam um pedaço da história que vale testemunhar ao vivo”, explica Ivan Martinho, professor de marketing esportivo pela ESPM.

"Experiências únicas obrigatoriamente devem ser valoradas de forma diferente, é assim em qualquer esporte e quanto mais os detentores dos direitos comerciais souberem aproveitar, mais rentabilidade terá e mais que isto, mais ficarão guardadas nas memórias de quem conseguir usufruir", corrobora Renê Salviano, CEO da Heatmap e especialista em marketing esportivo, e que faz a captação de contratos entre marcas envolvendo profissionais do esporte.

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