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F1 2023: Hamilton brasileiro e recorde de receitas marcam a nova temporada

A categoria acaba de bater um recorde de faturamento na última temporada, com uma receita de R$ 13 bilhões e projeta números ainda maiores para 2023

GP do Brasil de Fórmula 1 (Ricardo Moraes/Reuters)

GP do Brasil de Fórmula 1 (Ricardo Moraes/Reuters)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 5 de março de 2023 às 10h59.

A Fórmula 1 começa com o GP do Bahrein, marcado para este domingo, 5, às 12h, com transmissões da TV Bandeirantes e da F1 TV. A categoria acaba de bater um recorde de faturamento na última temporada, com uma receita de R$ 13 bilhões e projeta números ainda maiores para 2023.

O canadense Lance Stroll, da Aston Martin, está confirmado para a corrida de abertura. O piloto sofreu um acidente de bicicleta há quase duas semanas e lesionou os punhos. Havia a expectativa de que o brasileiro Felipe Drugovich poderia ser o seu substituto, mas ele terá de aguardar mais um pouco para obter a sua oportunidade.

Sem pilotos nacionais na disputa, a torcida brasileira tem adotado o inglês Lewis Hamilton como o seu xodó. O competidor da Mercedes recebeu em novembro o título de cidadão honorário do Brasil, na Câmara dos Deputados, em Brasília. O heptacampeão mundial também protagoniza uma propaganda de um banco brasileiro e até arrisca frases em português.

“O brasileiro se acostumou a ver os compatriotas brilharem aos domingos nas pistas da F1. O interesse no esporte quando há um competidor nacional cresce. Mas a categoria soube promover ações que mantiveram o interesse do público. O vínculo com o tradicional GP de Interlagos é forte e ajuda a manter o fã próximo da competição. O multicampeão Lewis Hamilton também realizou algumas ações sociais no país que geram interesse e consumo indireto para o esporte”, afirma Fábio Wolff, sócio-diretor da Wolff Sports, agência de marketing esportivo.

Hamilton terá uma temporada importante pela frente e precisará quebrar um jejum jamais visto em sua carreira. O inglês não faturou nenhuma prova na última temporada. No Bahrein, tem boa oportunidade para acabar com a sequência negativa, já que é o maior vencedor do local, com cinco primeiras colocações, sendo duas seguidas em 2014 e 2015, e três consecutivas em 2019, 2020 e 2021.

Para tentar alterar o cenário e evitar uma nova arrancada de Max Verstappen, da Red Bull, a Mercedes vai para a abertura da temporada com uma nova asa traseira no W14. A estratégia é um menor downforce e menor arrasto, com o objetivo de melhorar a eficiência aerodinâmica do carro. No entanto, o controverso sidepod, que não surtiu grande efeito no último ano, parece ser mantido para o novo campeonato.

De acordo com as principais plataformas de apostas esportivas do país, o holandês Verstappen é o grande favorito para o título de pilotos, o que seria o seu terceiro consecutivo. No Galera.bet, Max tem odds de 1.65 (para cada R$ 1 o palpite vencedor leva R$ 1,65), seguido por Charles Leclerc, com odds de 5.00, e Lewis Hamilton, com cotação em 6.00. Visando somente o GP do Bahrein, a projeção de pódio muda. Segundo a Esportes da Sorte, Verstappen e Leclerc seguem na dianteira, mas Sergio Perez aparece cotado como terceiro, com odds de 9.70. Hamilton vem somente em quarto, com odds de 10.20. Na disputa de construtores, de acordo com a Casa de Apostas, a Red Bull é a grande favorita (1.67), acompanhada de perto pela Mercedes (3.80) e Ferrari (3.95).

"A Fórmula 1 é um dos esportes que demonstraram crescimento consistente entre os apostadores no último ano. Sabemos da relação histórica e do tamanho da paixão do brasileiro pelo esporte, e por isso olhamos com bastante atenção para essa modalidade", afirma Marcos Sabiá, CEO do galera.bet.

Netflix alavanca a F1 nos Estados Unidos

A série “Drive to Survive”, que recentemente teve a sua quinta temporada lançada na plataforma de streaming, conquistou os fãs de automobilismo nos Estados Unidos. O GP local teve um aumento de 15% de público e ganhou espaço também em grandes emissoras como a ESPN e seu tradicional Sportscenter, ocupado antes pela Nascar e Indy.

Logo no primeiro ano do programa, em 2020, a categoria alcançou 1,5 bilhão de interações em sua rede social. A F1 TV também sentiu o impacto e foi repaginada após a alta procura. No Brasil, o canal oficial chegou em 2021 e hoje faz transmissões do evento, além de conteúdos exclusivos.

“Hoje o streaming alcança diversos lugares do globo e é uma grande ferramenta para a expansão de marca. A F1 entrou em um território que não tinha muita popularidade. O americano sempre optou pela Nascar, que continua muito forte localmente, mas o acesso aos bastidores, por meio da série ‘Drive to Survive’, encantou o público e cativou novos fãs, gerando uma cascata no mercado e alavancando os números da categoria em muitos setores”, comenta Bruno Maia, CEO da Feel The Match, desenvolvedora de propriedades intelectuais voltada para streaming e blockchain, e executivo de inovação e novas tecnologias no esporte e entretenimento.

Um outro dado que chama a atenção é que as provas da Fórmula 1 atraem uma quantidade razoável de apostadores, a maioria deles bastante fiéis à modalidade.

De acordo com números do Esportes da Sorte, a F1 é a quinta maior modalidade em número de apostas quando o GP acontece no Brasil, atrás apenas do futebol, vôlei, basquete e tênis.

"O que constatamos é que a Fórmula 1 tem interesse crescente entre os apostadores brasileiros, mantendo uma média de mais de 10% de acréscimo mensal (sempre em comparação ao mês anterior)", revela Darwin Filho, CEO do Esportes da Sorte.

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