Inaugurado em 2020, o estádio custou U$ 5,5 bilhões para ser construído (GettyImages)
Redação Exame
Publicado em 24 de junho de 2024 às 10h37.
O Brasil estreia na Copa América 2024 nesta segunda-feira, 24, às 22h, contra a Costa Rica, em partida válida pelo grupo D da competição. O palco do duelo será o SoFi Stadium, localizado em Inglewood, no subúrbio de Los Angeles, Califórnia, na costa oeste dos EUA.
Inaugurado em 2020, o estádio custou U$ 5,5 bilhões para ser construído, o que o coloca confortavelmente no topo da lista de arenas mais caras do mundo. O SoFi custou, por exemplo, 30 vezes mais que o recém-inaugurado novo estádio do Atlético Mineiro, que custou estimados 1 bilhão de reais. Custou, também, 30 vezes mais que a Allianz Arena, do Palmeiras – que foi construído em 2014 a um custo que atualizado pela inflação bate cerca de 1 bilhão de reais.
O SoFi é tão caro por uma conjunção de fatores. Para começar, fica em Los Angeles, onde custo de construção e matérias-primas é elevado, e também pode abrigar até 100 mil pessoas, mais que qualquer estádio brasileiro. Também abriga uma infinidade de instalações que não têm paralelo mesmo no extravagante mercado esportivo americano.
O SoFi Stadium é casa de duas equipes da NFL, o Los Angeles Rams e o Los Angeles Chargers. Apesar de novo, o local já tem histórico com grandes eventos, como o Super Bowl LVI, e foi escolhido para ser sede da abertura da Copa do Mundo de 2026.
Em termos de estrutura, a arena conta com 260 suítes de luxo e teatro para 6 mil lugares no complexo, com destaque para o telão, que é o maior de um estádio no mundo. O painel de vídeo em 360° possui 109 metros e fica suspenso sobre o campo, logo abaixo do teto. A obra foi financiada inteiramente por Stan Kroenke, dono do Los Angeles Rams e de outras equipes esportivas, como o Arsenal e o Denver Nuggets.
O estádio tem camarotes como o Google Cloud Suites, camarote privativo da empresa que conta com cardápio diverso, oferecendo opções como churrasco, comida mexicana, culinária japonesa, hambúrgueres, pizzas, sobremesas.
O espaço é vendido somente em pacotes para 18 pessoas, custando U$ 6.500, com a possibilidade de acrescentar mais 6 lugares, por U$ 325 cada. Cada ingresso, portanto, sai pelo valor individual de aproximadamente R$ 2.000. Para o torneio, há ainda a opção de outras salas de luxo no estádio disponíveis, que custam em média U$ 6.000, sendo vendidas também em conjunto para os torcedores. Os bilhetes podem ser reservados por meio do site oficial da arena - www. sofistadiumsuites.com.
“Um local como o SoFi Stadium atrai os fãs, principalmente na busca por esses setores premium. Portanto, para o evento, é fundamental que esses espaços possam oferecer experiências únicas ao público, visando dar um destaque ainda maior para a competição e justificar a expectativa dos torcedores”, comenta Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa que administra camarotes nos principais estádios do Brasil.
“Eventos como a NFL ou a Copa América criam demandas específicas de pessoas que acabam buscando esses ingressos para setores vip, mesmo diante dos elevados preços praticados”, analisa Cristiano Maschio, MBA em gestão empresarial pela Fundação Dom Cabral e atualmente CEO da corectech Qesh, empresa que oferece infraestrutura digital e tecnologia para empresas de setores como agronegócio, financial techs, varejo e jogos online.
O grupo GSH, que conta com três espaços no Allianz Parque, Braza, La Coppa e Nagairô, oferece serviço semelhante aos da arena estadunidense, com uma sala privativa e que conta com open bar e open food durante os jogos. Além disso, no dia a dia, esses estabelecimentos funcionam como renomados restaurantes, que dispõem de um cardápio especializado em alta gastronomia.
Além dos restaurantes, também existe um espaço para eventos corporativos, com capacidade para até 2 mil pessoas, coworking e um espaço voltado para receber festas infantis, projeto feito em parceria com a CIA do Tomate, empresa realiza essas comemorações em estádios de futebol.
“Estádios modernos têm alas para todo tipo de público, sejam torcedores comuns, pessoas do mundo corporativo ou até mesmo crianças. Um estádio de futebol só está completo quando consegue abranger a pluralidade da torcida, oferecendo boas opções e serviços para todos”, destaca Alessandro Tomazelli, CEO da Companhia do Tomate, que conta com espaços premium voltados para o público infantil em estádios como a Neo Química Arena e o Nilton Santos.