Desde 1989, quando Ricardo Teixeira venceu a eleição, a CBF não teve um pleito com duas chapas (Yasuyoshi Chiba/Getty Images)
Repórter
Publicado em 25 de maio de 2025 às 03h00.
A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) realizará eleições neste domingo, 25, às 10h30, para a presidência da entidade. O pleito, que ocorre no Rio de Janeiro, definirá o comando da CBF para o ciclo 2025–2029, em um momento de grande expectativa e tensão nos bastidores do futebol nacional.
Samir Xaud, representante da Federação Roraimense de Futebol e filho do cartola Zeca Xaud, será o único a concorrer na eleição. Ou seja, virtualmente, ele é o próximo presidente da CBF.
Samir vai assumir depois da conturbada gestão de Ednaldo Rodrigues, afastado da presidência sob acusação de falsificar a assinatura de Coronel Nunes, outro cartola que já foi o principal executivo da entidade.
Desde 1989, quando Ricardo Teixeira venceu a eleição, a CBF não teve um pleito com duas chapas. E desde 2012, quando o mesmo Teixeira saiu após escândalos de corrupção, nenhum presidente da CBF conseguiu completar seu mandato.O colégio eleitoral da CBF é composto por representantes das 27 federações estaduais e dos clubes das Séries A e B do Campeonato Brasileiro - 40 times no total. O peso dos votos é desigual: as federações têm peso 3, os clubes da Série A têm peso 2 e os da Série B, peso 1. Isso significa que, na prática, o apoio das federações é decisivo para definir o vencedor. Samir conseguiu articular um apoio maior exatamente nas federações.
Além de definir o futuro político da entidade, a eleição ocorre em um momento estratégico: às vésperas da apresentação oficial de Carlo Ancelotti como novo técnico da Seleção Brasileira, marcada para o dia seguinte, 26 de maio. A escolha do novo presidente pode influenciar diretamente os rumos da seleção e da organização do futebol nacional nos próximos anos
O próximo presidente da CBF terá como desafios imediatos a preparação da seleção para a Copa do Mundo de 2026, a modernização da gestão esportiva e o fortalecimento da governança e da transparência na entidade. A pressão por reformas estruturais e maior diálogo com clubes e federações também deve pautar o novo ciclo.