A relação entre o jogador e clube não é das melhores desde a pré-temporada (Daniel Chesterton/Offside/Offside/Getty Images)
André Martins
Publicado em 20 de outubro de 2022 às 20h34.
Última atualização em 20 de outubro de 2022 às 20h42.
O craque português Cristiano Ronaldo se pronunciou pela primeira vez após o anúncio do Manchester United nesta quinta-feira, 20, de afastar o jogador do próximo jogo da equipe contra o Chelsea.
A decisão do time inglês aconteceu após o atacante abandonar o gramado antes do termino da partida contra o Tottenham. CR7 estava no banco de reservas e não foi utilizado pelo técnico Eric Ten Hag.
"Cristiano Ronaldo não fará parte do elenco do Manchester United para o jogo deste sábado da Premier League contra o Chelsea. O resto do elenco está totalmente focado na preparação para esse jogo", disse o clube em nota oficial.
Após a repercussão negativa e criticas da imprensa europeia, o astro português publicou um texto em seu perfil do Instagram. Em uma longa declaração, acompanhada de uma imagem dele treinando, Ronaldo reforçou que respeita seus colegas de time e o treinador. CR7 alega que não mudou e que a atitude de deixar o gramado antes do fim do jogo aconteceu no "calor do momento".
Os números de Cristiano Ronaldo na atual temporada estão abaixo do que ele já apresentou em outros temporadas. Em 12 jogos disputados, o português marcou apenas dois gols e deu uma assistência. Caso o afastamento seja apenas para a partida contra o Chelsea, o craque retorna contra o Sheriff pela Liga Europa.
A relação entre o jogador e clube não é das melhores desde a pré-temporada. Na ocasião, Ronaldo demonstrou vontade de deixar o Manchester, pois gostaria de disputar a Champions League.
"Como sempre fiz ao longo da minha carreira, tento viver e jogar respeitosamente com os meus colegas, os meus adversários e os meus treinadores. Isso não mudou. Eu não mudei. Sou a mesma pessoa e o mesmo profissional que fui nos últimos 20 anos jogando futebol de elite, e o respeito sempre desempenhou um papel muito importante no meu processo de tomada de decisões.
Comecei muito jovem, os exemplos de jogadores mais velhos e experientes sempre foram muito importantes para mim. Portanto, mais tarde, sempre tentei dar o exemplo para os jovens que cresceram em todas as equipas que representei. Infelizmente isso nem sempre é possível e, por vezes, o calor do momento é o melhor de nós.
Neste momento, sinto que tenho de continuar a trabalhar arduamente em Carrington, apoiar os meus colegas de equipa e estar pronto para tudo num determinado jogo. Ceder à pressão não é uma opção. Nunca foi. Isto é o Manchester United, e unidos temos de nos manter. Em breve estaremos juntos novamente".
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