Esporte

Craques da Argentina e França ganham fortunas com salários e publicidade

Mbappé e Messi viram marcas próprias e ganham mais de R$ 575 milhões por ano apenas no PSG

Messi em campanha para plataforma de educação: jogadores viram grife (Byju's/Divulgação)

Messi em campanha para plataforma de educação: jogadores viram grife (Byju's/Divulgação)

Ivan Padilla

Ivan Padilla

Publicado em 18 de dezembro de 2022 às 08h40.

Última atualização em 18 de dezembro de 2022 às 11h49.

Neste domingo (18), em Doha, Argentina e França decidem o título da Copa do Mundo do Catar. Com possíveis recordes dentro de campo, o dinheiro investido no esporte chama cada vez mais a atenção. Fora das quatro linhas, atletas renomados arrecadam cifras expressivas com premiações, salários e contratos publicitários.

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De acordo com o jornal francês Le Parisien, estima-se que Messi e Mbappé ganham do Paris Saint-Germain mais de 575 milhões de reais por ano. Neymar, que ficou fora da decisão, também conta com um dos maiores salários do planeta pelo time francês, 264 milhões de reais por temporada.

Em muitos casos, com os diversos compromissos comerciais que os jogadores possuem, os números crescem ainda mais. No caso do argentino, por exemplo, Lionel é representante global de marcas como Pepsi, Adidas e Lays. Além disso, o craque lidera a MiM (Majestic e Messi Hotels), empreendimento com propriedades de luxo.

“Não só no futebol, mas esses personagens conhecidos mundialmente se tornam “marcas” próprias, com exposições comerciais e investimentos em todo planeta. Com tudo isso, toda atitude do jogador, seja dentro ou fora de campo, tem de ser muito bem acompanhada por profissionais. Qualquer ato falho, como uma expulsão em um jogo ou uma discussão nas redes sociais pode gerar um prejuízo incalculável para a carreira do atleta”, explica Fábio Wolff, especialista em marketing esportivo e um dos responsáveis pela gestão da carreira comercial de Endrick, promessa palmeirense que já foi negociada com o Real Madrid.

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Por outro lado, Guilherme Bellintani, presidente do Bahia, defende a execução de medidas que as equipes contratem com responsabilidade, sem prometer salários fora da realidade do mercado e não conseguirem quitar os compromissos.

“Em alguns casos, a pressão da torcida por resultados imediatos acaba influenciando os dirigentes a desrespeitarem o orçamento estabelecido para a contratação de jogadores. O sucesso esportivo e a conquista de títulos dão uma falsa impressão de que o trabalho foi bem executado, mas pouco se fala das dívidas que foram criadas nessa trajetória. No Brasil, enquanto o fair play financeiro não for aplicado da maneira correta, não alcançaremos esse equilíbrio esportivo, visto que um time que não paga as contas em dia não pode concorrer diretamente com uma instituição que arca rigorosamente com as finanças”, afirma Bellintani.

Com as folhas salariais cada vez mais inchadas pela competição dos talentos, os riscos de endividamento também tendem a crescer. Na visão de Jorge Braga, dirigente que liderou a reestruturação do Botafogo-RJ e a busca por um novo investidor, a nova era das “SAFs” pode ser um ponto positivo para o processo, já que as dívidas passam a ter um responsável, sem deixar o problema para o clube, como sempre foi feito no futebol brasileiro.

“Além de ser um passo importante em direção à prática mundial, a aquisição dos clubes por grupos empresariais pode ser um aliado para a regularização dessas pendências financeiras, com compromissos e obrigações estabelecidas contratualmente que passam a ter consequências jurídicas em caso de descumprimento", ressalta o empresário.

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