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Corinthiana, Rita Lee já fez música para o clube e levou integrantes da "Democracia" para o palco

Cantora que morreu nesta terça-feira aos 75 anos era torcedora fanática do time paulista e protagonizou momentos que marcaram a história

Rita Lee: em vida, foi uma das apoiadoras da Democracia Corinthiana, movimento político de jogadores durante a década de 1980 (Rui M. Leal/Getty Images)

Rita Lee: em vida, foi uma das apoiadoras da Democracia Corinthiana, movimento político de jogadores durante a década de 1980 (Rui M. Leal/Getty Images)

Agência o Globo
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Agência de notícias

Publicado em 9 de maio de 2023 às 16h03.

Última atualização em 9 de maio de 2023 às 16h13.

Maior estrela do rock brasileiro, Rita Lee morreu nesta terça-feira aos 75 anos em São Paulo, vítima de um câncer de pulmão. A cantora era torcedora fanática do Corinthians, e foi homenageada pelo clube nas redes sociais.

Em vida, foi uma das apoiadoras da Democracia Corinthiana, movimento político de jogadores durante a década de 1980, que reivindicava mudanças internas no clube, além de protestar contra a ditadura militar.

A relação de Rita Lee com o Corinthians

Em 1972, quando estava com os Mutantes Sérgio e Arnaldo Baptista, Rita Lee gravou a música "Amor Branco e Preto", com a letra: "Por que será que eu gosto de sofrer? / Vai ver que agora eu dei pra masoquista / Meu amor branco e preto / Às vezes me deixou na mão / Mas eu gosto de você / Já não me importa a sua ingratidão / Sofro, mas continuo a te adorar / Corinthians, meu amor /Corinthians!".

Dez anos mais tarde, a cantora teve um encontro com jogadores do time que ficaram marcados na história. Enquanto fazia um show no ginásio do Ibirapuera, Rita Lee ficou sabendo que Sócrates, Casagrande e Wladimir, integrantes da Democracia Corinthiana, estavam assistindo ao espetáculo e convidou os atletas para o palco.

"Não dava nem para assistir direito o show, porque tinha muita gente no Ibirapuera. Ficamos na lateral do palco. E aí o Casão teve a ideia maluca de dar a camisa do Corinthians para a Rita Lee", relembrou Sócrates no documentário "Democracia em Preto e Branco", de 2011, que contou com narração da cantora.

Como estavam sem a camisa no momento do show, Casagrande pediu a um torcedor que cedesse a dele para que pudessem entregar. Eles foram chamados para subir no palco, onde entregaram a camisa, que Rita vestiu na hora e marcou um momento que ficou na história da Democracia Corinthiana. Em 1984, em um dos maiores comícios das Diretas Já, a cantora e os jogadores, assim como integrantes de torcida organizadas pró-democracia estavam presentes reivindicando as eleições no Brasil.

Simpatia pelo Internacional

Além do Corinthians, Rita Lee também nutria um carinho especial pelo Internacional. Durante shows em Porto Alegre, a cantora se apresentava com camisas do clube, e em 2008, foi nomeada consulesa cultural do Colorado, se tornando a primeira mulher a receber a honraria. Na ocasião, 12 músicos que faziam referências ao clube foram homenageados, e Rita Lee estava entre eles.

Nas redes sociais, o Internacional lamentou a morte da cantora. "Uma das figuras mais revolucionárias, questionadoras e importantes da cultura nacional", categorizou a publicação.

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