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Copa do Brasil: com premiação acima de R$ 90 milhões, competição é a mais valiosa do país

Executivos comentam sobre a importância esportiva e comercial da competição que renderá um total de R$ 91,5 milhões para o clube campeão

Copa do Brasil: Dos 92 times participantes, são 15 representantes da região Norte, 25 do Nordeste, 11 do Centro Oeste, 26 do Sudeste e 15 do Sul (Lucas Figueiredo / CBF/Flickr)

Copa do Brasil: Dos 92 times participantes, são 15 representantes da região Norte, 25 do Nordeste, 11 do Centro Oeste, 26 do Sudeste e 15 do Sul (Lucas Figueiredo / CBF/Flickr)

Antonio Souza
Antonio Souza

Repórter da Home e Esportes

Publicado em 31 de janeiro de 2024 às 12h04.

Última atualização em 31 de janeiro de 2024 às 12h05.

Nessa terça-feira, 30, foram definidos os primeiros 40 confrontos da Copa do Brasil 2024. A competição contará com 92 participantes e pode render um total de R$ 91,5 milhões para o clube campeão.

A competição é considerada como uma das mais difíceis do calendário nacional. Por isso, a probabilidade de clubes com orçamentos menores alcançarem as fases finais é remota. No entanto, para esses times, o torneio segue sendo uma ótima opção para o faturamento anual, devido ao alto valor em premiação logo nas primeiras fases.

Somente na 1ª fase, a premiação para clubes da Série A é de R$ 1,4 milhão, R$ 1,25 milhão para clubes da Série B e R$ 750 mil para os demais times. Esse valor, embora represente apenas uma pequena parcela da premiação total, pode contribuir muito com a folha de pagamento anual de algumas instituições.

Yuri Romão, presidente do Sport, visualiza uma oportunidade do campeonato ajudar o ano do time. “Nós enxergamos a Copa do Brasil como uma competição de grande importância para o clube. É um torneio democrático, que abrange todo território nacional. Tivemos a oportunidade de levantar a taça em 2008, conquista da qual o torcedor se orgulha muito. Atualmente, a copa ganhou um peso técnico maior e também financeiro. Assim, se tornou vital para nosso planejamento”, comenta Romão.

Dos 92 times participantes, são 15 representantes da região Norte, 25 do Nordeste, 11 do Centro Oeste, 26 do Sudeste e 15 do Sul, sendo esses de todas as Séries do Campeonato Brasileiro e até mesmo times que estão sem divisão no cenário nacional.

Indo para a sua 15ª participação na Copa do Brasil, o presidente do Cuiabá, Cristiano Dresch, comenta sobre a importância da competição para o clube. “É um campeonato desejado por todos, não somente pelo prestígio, mas também pela premiação financeira. Para o Cuiabá, um bom desempenho na Copa do Brasil também ajuda a fortalecer a imagem do clube entre as principais agremiações do país, consolida o projeto esportivo e passa a ser mais um atrativo para futuros patrocinadores”, ressalta Dresch. O time mato-grossense estará marcando presença no torneio pela 11ª vez consecutiva.

Seguindo o mesmo raciocínio, o presidente do Juventude, Fábio Pizzamiglio, falou sobre o papel da Copa do Brasil no caixa do clube. “Temos um histórico positivo na Copa do Brasil, não só pela conquista em 1999, mas também por campanhas interessantes em outras temporadas. Participar desta competição é sempre importante para o fortalecimento do clube no cenário nacional, além de ser um fator interessante para a valorização das propriedades comerciais do clube. Fazer uma boa campanha e avançar nas fases gera boas premiações financeiras, o que é fundamental para a nossa política de priorizar a sustentabilidade e saúde financeira”, explicou Fábio.

A edição deste ano contará com os estreantes Água Santa, de Diadema (SP); Amazonas-AM, campeão da Série C do Brasileirão 2023; Manauara-AM; Audax (RJ); Olaria-RJ; Capital-TO; Grêmio Atlético Sampaio-RR; Itabuna-BA; e Petrolina-PE. O Santos, vencedor do torneio em 2010, estará de fora da competição, devido ao desempenho ruim no último campeonato Estadual.

“É a terceira classificação seguida do Botafogo-SP na Copa do Brasil. Para o clube, é fundamental estar participando constantemente deste tipo de competição, não somente pela alta possibilidade de arrecadação, mas também pela visibilidade e a possibilidade de estar disputando sempre com os melhores, o que fortalece a nossa equipe como um todo”, ressalta o presidente do Conselho Administrativo da SAF botafoguense, Adalberto Baptista.

Além dos valores de premiação do torneio, os jogadores ainda podem receber outras bonificações, como por exemplo o famoso “bicho”, que é repassado aos atletas em caso de vitória nos jogos específicos. A Motbot, primeira plataforma de crowdfunding esportivo do país, possui um sistema para arrecadar doações de torcedores que, em caso de vitória, são repassados para o time e jogadores. Se perderem, o valor é devolvido aos fãs.

“Financeiramente, a Copa do Brasil é uma excelente opção para o orçamento dos clubes. Mas não é só isso. O clima de uma competição eliminatória mexe com a paixão dos torcedores, o que os leva a incentivar os atletas, seja com mensagens de apoio ou até mesmo com um incentivo monetário. Nós estamos sempre de olho nesse tipo de competição e buscamos viabilizar essa contribuição da torcida”, comenta Rogério Neves, CEO da Motbot.

Para o mandatário do Fortaleza, Marcelo Paz, a emoção dos torneios de mata-mata proporciona um ambiente único aos jogos, o que motiva o torcedor a lotar os estádios em cada partida. “Torneios eliminatórios acabam sendo muito favoráveis ao orçamento. Ano passado, na Sul-Americana, nós chegamos até a final e arrecadamos um total de R$ 25,8 milhões. Para a Copa do Brasil, buscaremos avançar o máximo que conseguirmos, pois é fundamental para o balanço financeiro do clube”, comenta Marcelo.

O presidente do Internacional, Alessandro Barcellos, também destaca a importância de estar em sintonia com o torcedor durante a competição. “Além da premiação alta que o torneio oferece, a bilheteria também contribui muito com a receita do clube. Por isso, quanto mais avançarmos no campeonato, mais poderemos contar com a presença do nosso torcedor e, assim, garantir um bom reforço para o nosso orçamento. O objetivo do Inter sempre é entrar nas competições para brigar pelo título”, enfatiza Barcellos.

Ainda sobre a mística entre os torcedores e o torneio, Reginaldo Diniz, CEO e sócio-fundador da End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo, explica como essas ativações podem beneficiar e estreitar esse relacionamento. “Com inúmeros jogos decisivos, a Copa do Brasil abre um leque de possibilidades enorme para a realização de ativações comerciais e outros projetos para estreitar o relacionamento do torcedor com o clube. Com a hegemonia brasileira na América do Sul, é um torneio que conta com um apelo cada vez maior entre as equipes, o que valoriza o produto e aumenta ainda mais a exposição comercial das marcas envolvidas”, comenta Reginaldo.

Sem data definida, sendo o início provável no dia 21 ou 28 de fevereiro, a primeira fase da Copa do Brasil será disputada em um jogo único, com o mando de campo favorável ao time com menor posicionamento no ranking da CBF. O clube visitante possui a vantagem do empate no confronto.

Para Henrique Borges, CEO da Somos Young, empresa que realiza o atendimento a sócios-torcedores de clubes como Cruzeiro, Bahia e Vasco, a Copa do Brasil pode ser uma boa oportunidade para as equipes potencializarem seus programas de sócio. “É comum que a procura por ingressos seja alta em torneios de mata-mata, afinal, os times só têm aquela chance para se manterem vivos na competição. A possibilidade de garantir o acesso a esses jogos decisivos já é um diferencial, mas os times também podem aproveitar o momento para oferecer experiências exclusivas aos sócios, tornando o programa ainda mais atrativo e o fortalecendo”, explica.

Valores das premiações da Copa do Brasil 2024:

  • 1ª fase: R$ 1,4 milhão (Série A), R$ 1,25 milhão (Série B) e R$ 750 mil (demais clubes)
  • 2ª fase: R$ 1,7 milhão (Série A), R$ 1,4 milhão (Série B), R$ 900 mil (demais clubes)
  • 3ª fase: R$ 2,1 milhões
  • Oitavas de final: R$ 3,3 milhões
  • Quartas de final: R$ 4,3 milhões
  • Semifinal: R$ 9 milhões
  • Vice-campeão: R$ 30 milhões
  • Campeão: R$ 70 milhões
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