Esporte

Conmebol aplica multa de US$ 50 mil ao Cerro Porteño por ato racista contra Luighi

Jogador do Palmeiras foi alvo de insultos de torcedores do time paraguaio na quinta-feira

O jogador Luighi Hanri, durante partida entre San Lorenzo e Palmeiras, em San Lorenzo, Paraguai (Associação Paraguaia de Futebol/EFE)

O jogador Luighi Hanri, durante partida entre San Lorenzo e Palmeiras, em San Lorenzo, Paraguai (Associação Paraguaia de Futebol/EFE)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 9 de março de 2025 às 16h37.

A Confederação Sul-Americana de Futebol (Conmebol) aplicou neste domingo, 9, uma multa de US$ 50 mil ao Cerro Porteño e proibiu o acesso do público às partidas em que o time de Assunção participa da Copa Libertadores Sub-20, que está sendo disputada no Paraguai, depois dos atos de racismo denunciados pelo Palmeiras após partida na última quinta-feira.

Além disso, o técnico do time paraguaio, Daniel Achucarro, foi suspenso por dois jogos, segundo informou a Conmebol neste domingo.

As sanções foram impostas depois que o atacante Luighi reclamou de insultos e gestos racistas dirigidos a ele e seus companheiros por torcedores durante a partida em que o time paulista venceu os anfitriões por 3 a 0 pela competição continental.

O valor da multa deverá ser pago no prazo de 30 dias após a notificação da medida.

A decisão contra o Cerro Porteño, adotada por um tribunal de três membros, também estabelece que ele deverá publicar em suas redes sociais uma "campanha de comunicação para conscientizar contra o racismo" durante a atual edição do torneio Sub-20, que deverá ser previamente aprovada pela Diretoria de Comunicações da Conmebol.

Especificamente, o Cerro Porteño foi sancionado "por violar os artigos 12.2 literal j e 15.2 do Código Disciplinar da Conmebol", diz a decisão, publicada no site da entidade.

O artigo "12.2 literal j" refere-se, conforme o Código Disciplinar, a "qualquer outra falta de ordem ou disciplina que possa ser cometida no estádio ou em suas imediações antes, durante e no final de uma partida".

Enquanto o Artigo 15.2 - referente à discriminação - adverte sobre as sanções que podem ser enfrentadas por "qualquer Associação Membro ou clube cujos torcedores insultem ou ataquem a dignidade humana de outra pessoa ou grupo de pessoas, por qualquer meio, por motivos de cor da pele, raça, sexo ou orientação sexual, etnia, idioma, credo ou origem".

Na decisão, o Cerro foi alertado sobre as "consequências" que poderiam surgir caso a violação fosse "reincidente". Também foi concedido um prazo de 7 dias corridos para que apresentasse seu recurso ao Comitê de Apelações.

Achucarro foi sancionado por decisão de um tribunal disciplinar composto por um único juiz, por violar as alíneas b e d do artigo 11.2 do Código Disciplinar, referentes aos "princípios de conduta".

A seção b proíbe "comportar-se de maneira ofensiva ou insultuosa ou fazer declarações difamatórias de qualquer tipo" e a seção d adverte contra "insultar a Conmebol, suas autoridades ou oficiais de qualquer forma e por qualquer meio".

O treinador também foi alertado sobre as consequências "no caso de reincidência de violação da disciplina esportiva de natureza igual ou semelhante".

O ato de racismo contra Luighi, que o levou a chorar diante das câmeras de televisão, gerou condenações de vários setores no país, e até o presidente da República, Luiz Inácio Lula da Silva, postou na rede social X: "Basta de ódio disfarçado de rivalidade".

Na última sexta, a CBF solicitou à Conmebol a exclusão do Cerro Porteño da Libertadores Sub-20.

O clube paraguaio expressou em suas redes sociais "seu total repúdio a todo tipo de ato de racismo, xenofobia e discriminação" e se solidarizou com Luighi.

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