Esporte

Com financiamento de R$ 8 bilhões, Barcelona planeja reforma no Camp Nou

Obras começam em junho deste ano, com previsão de entrega para meados de 2026

O valor deste montante virá de 20 investidores, que vai cobrir o custo das obras do Espai Barça - nome do projeto de renovação do Camp Nou (Alex Caparros/Getty Images)

O valor deste montante virá de 20 investidores, que vai cobrir o custo das obras do Espai Barça - nome do projeto de renovação do Camp Nou (Alex Caparros/Getty Images)

Da Redação
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Redação Exame

Publicado em 25 de abril de 2023 às 14h49.

O Barcelona fechou um plano de financiamento em torno de 8 bilhões de reais (de 1,45 bilhão de euros) para a renovação do Camp Nou, que começa a ser reformado em 1º de junho, de acordo com nota pelo clube nesta segunda-feira, 24.

O valor deste montante virá de 20 investidores, que vai cobrir o custo das obras do Espai Barça - nome do projeto de renovação do Camp Nou e outras infraestruturas de propriedade do clube.

Em 19 de dezembro de 2021, 87,8% dos representantes dos sócios (42.693 de 48.623 representantes, de um total de mais de 146.000 sócios), deram luz verde ao projeto do presidente Joan Laporta para que o clube iniciasse o processo de financiamento de no máximo 1,5 bilhão de euros (8,3 bilhões de reais).

“O FC Barcelona fechou um financiamento do Espai Barça como previsto, garantindo o início das obras de remodelação do Spotify Camp Nou e cumprindo os critérios aprovados no referendo, sem garantia patrimonial do Clube nem hipoteca do Estádio”, afirma o comunicado.

O que dizem empresas especializadas nesses tipos de projetos?

"As novas arenas esportivas têm o poder de transformar o cenário do futebol brasileiro e, com isso, oferecer aos torcedores e aos times uma infraestrutura de classe mundial. No entanto, também é um desafio significativo em termos de planejamento, financiamento, execução e conformidade com regulamentações locais. Se bem-sucedido, esses projetos podem abrir caminho para uma tendência crescente de modernização e reestruturação de estádios como um todo no Brasil, elevando o padrão e a qualidade das instalações esportivas. É uma oportunidade única de impulsionar o desenvolvimento do futebol brasileiro e promover o esporte em nossa nação", afirma Otávio Pedroso, arquiteto da Recoma, uma das maiores empresas especializadas em infraestrutura e construções esportivas no Brasil.

"O Barcelona tem uma ocupação média superior a 85% e não consegue atualmente atender aos seus sócios de forma efetiva. Os grandes clubes europeus estão modernizando suas arenas proporcionando uma experiência cada vez melhor aos seu fãs, e o Barcelona não pode ficar para atrás. Cada euro investido em ingresso existem mais de 2 euros em consumos internos de produtos e serviços. A ideia de aproveitar e beneficiar tanto a base como o basquete demonstra a maturidade de marca que foi construída além do futebol", analisa Fernando Patara, cofundador e Head de Inovação do Arena Hub.

"Em 2014 já havia sido discutida a ideia de tornar o Camp Nou, maior estádio da Europa e inaugurado em 1957, em uma arena mais moderna e autossuficiente com energia renovável. Seguramente trará aos Culés uma experiência ainda melhor e deve proporcionar ao Barça novos tempos dentro e fora de campo", aponta Reginaldo Diniz, CEO e sócio-fundador da End to End, empresa que conecta o torcedor à sua paixão e é um hub de soluções e engajamento para o mercado esportivo.

“Acho fundamental que a tecnologia esteja disponível para ajudar instituições, clubes e órgãos públicos a promoverem a segurança, que é algo que já acontece na Europa e foi um modelo adotado por nós aqui na América Latina. Em 2014, iniciamos um projeto inovador com o Athletico Paranaense, gerando resultados efetivos na redução dos níveis de incidência de violência”, diz Tironi Paz Ortiz, Founder CEO da Imply, empresa líder no fornecimento de tecnologias de vendas de ingressos, gestão de sócios e controle de acessos para futebol na América Latina.

Vale destacar que o plano do Barcelona iria incluir 900 milhões de euros (5 bilhões de reais) para a renovação do Camp Nou, 420 milhões de euros (2,3 bilhões de reais) para o Palau Blaugrana, utilizado pelos times de basquete e handebol, e 20 milhões de euros (111 milhões de reais) para o estádio Johan Cruyff, onde jogam o Barcelona B e o time feminino de futebol.

Apesar do clube não citar prazos, as informações dão conta que as obras terminam em junho de 2026. Durante este período, os jogos como mandante na temporada 2023-24 serão disputados no estádio Lluís-Companys. Já na temporada 2024-25, o Barça voltaria ao Camp Nou, mas com capacidade reduzida para o público.

Considerada uma das principais especialistas em estruturas desmontáveis no país e a maior em overlay da América Latina, a diretora executiva da Fast Engenharia, Tatiana Fasolari, destaca quais são os maiores desafios.

"Neste modelo de negócio, é preciso ter empresas capazes de executar esses projetos, além de gestão e experiência da equipe", afirma ela, cuja empresa realizou trabalhos nas Olimpíadas do Rio 2016, na Copa do Mundo do Brasil 2014, GP de Fórmula 1 de São Paulo, ATP 500 Rio Open 2019, Jogos Olímpicos da Juventude em Buenos Aires 2028, Jogos Pan-americanos de Lima 2019 e outros, e um próximo a acontecer no Paraguai com os Jogos Sul-Americanos.

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