Esporte

Clube inglês fecha patrocínio máster com plataforma de aposta da China

Entre as principais ligas do mundo, Brasil lidera patrocínios com casas de apostas

Nottingham Forest: patrocínio máster é com a plataforma de apostas Kaiyun Sport (Nathan Stirk/Getty Images)

Nottingham Forest: patrocínio máster é com a plataforma de apostas Kaiyun Sport (Nathan Stirk/Getty Images)

Da Redação
Da Redação

Redação Exame

Publicado em 1 de setembro de 2023 às 13h39.

O Nottingham Forest, da Inglaterra, anunciou nesta semana um novo acordo de patrocínio máster com a plataforma de apostas Kaiyun Sport, oriunda da China e com operação na Ásia.

O clube inglês, que conta com os brasileiros Danilo, Felipe e Andrey Santos, e futuramente vai receber o zagueiro corinthiano Murilo, não divulgou valores do acordo, que será de dois anos.

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"Estamos ansiosos para trabalhar com a Kaiyun Sports em um número animador de ativações e iniciativas para engajar nova e existentes audiências na Ásia e pelo mundo", declarou o clube, em comunicado.

Vale destacar que esse é a primeira empresa que o Nottingham Forest consegue estampar na parte central do uniforme, desde que voltou à Premier League na última temporada. Até então, neste espaço, o destaque ficava por conta da logo da Agência de Refugiados da ONU (ACNUR).

"Muitas vezes, as empresas operadoras de apostas também atuam em outros segmentos do entretenimento ligado ao esporte e tecnologia, dificultando o enquadramento como "casa de aposta" e possibilitando que brechas legislativas sejam exploradas. A título de comparação, a regulamentação que se desenha no Brasil atualmente já está atenta a essas situação, proibindo expressamente o patrocínio de clubes por parte de empresas não regulamentadas no Brasil, independente se tais empresas estão ou não devidamente regulamentadas em seu país de origem", explica Eduardo Diamante Teixeira, advogado especializado em direito desportivo e sócio do Carlezzo Advogados.

Brasil lidera patrocínios com casas de apostas entre as grandes ligas

Em exposição de marcas nas camisas de clubes, ninguém supera o Brasil quando o assunto é patrocínio de casas de apostas. Por aqui, 19 dos 20 clubes da Série A tem algum tipo de parceria com empresas deste segmento. O único que foge à regra é o Cuiabá.

“Entendemos que atrelar nossa marca aos clubes não é apenas uma forma de exposição extremamente positiva, mas também de levar aos fãs um pouco de conhecimento e do que é o mercado de apostas. Digo isto porque temos como objetivo promover interação, desde os nossos posts e vídeos em redes sociais até em ativações junto a esses times patrocinados. Queremos estabelecer uma parceria que crie conexões com essas torcidas, e por isso também escolhemos agremiações de diferentes Estados e regiões do país”, destaca o CEO do Esportes da Sorte, Darwin Filho. A empresa é a que possui mais times patrocinados no país, 10 no total.

Seguido pelo Brasil, aparece a Liga Portugal, com 16 times patrocinados na camisa entre os 18 participantes. Na Premier League (Inglaterra), são 9 de 20 equipes com parcerias. Na Ligue 1 (França), 6 de 20 clubes. Na vizinha Argentina, 6 de 28 agremiações.

Bundesliga (Alemanha), La Liga (Espanha) e Calcio (Itália) não possuem times com marcas expostas de empresas deste segmento. Nesses países, foram implementadas regras que reduzem a participação das casas de apostas no futebol. E o mesmo pode acontecer na Inglaterra.

"É natural uma empresa ou segmento, que tem na audiência de esportes grande parte de seu público alvo, investir em patrocínio que impacte essas pessoas. O poder econômico das casas de apostas trouxe para os clubes contratos muito relevantes, tanto que dominaram as camisas em diversas ligas, subindo a barra de preço sensivelmente. Isso também aconteceu com o segmento 'crypto'", explica Armênio Neto, especialista em negócios do esporte.

Em exposição de marcas nas camisas de clubes, ninguém supera o Brasil quando o assunto é patrocínio de casas de apostas. Por aqui, 19 dos 20 clubes da Série A tem algum tipo de parceria com empresas deste segmento. O único que foge à regra é o Palmeiras que, no entanto, tem um patrocinador máster deste meio no time feminino.

Seguido pelo Brasil, aparece a Liga Portugal, com 16 times patrocinados na camisa entre os 18 participantes. Na Premier League (Inglaterra), são 8 de 20 equipes com parcerias. Na Ligue 1 (França), 6 de 20 clubes. Na vizinha Argentina, 6 de 28 agremiações.

Bundesliga (Alemanha), La Liga (Espanha) e Calcio (Itália) não possuem times com marcas expostas de empresas deste segmento. Nesses países, foram implementadas regras que reduzem a participação das casas de apostas no futebol. E o mesmo pode acontecer na Inglaterra.

"Esse crescimento no país se deve a conjunção de alguns fatores: chegada do PIX, digitalização forçada devido a pandemia e perda de patrocínios de alguns setores por muitos clubes de futebol", explica aponta Cristiano Maschio, Cristiano Maschio, CEO da Qesh, empresa especializada em gerenciamento de pagamentos.

Com a regularização das empresas de apostas no país, já há rumores de que só empresas com licença poderiam patrocina-los por aqui. "Acredito que, se isso acontecer, o número de casas de apostas tendam a cair. Vivemos um ciclo em ascensão, que tende a ficar ainda mais virtuoso com a regulamentação e a formalização da política de jogo responsável no país", complementa o executivo.

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