Arena MRV: A maior receita da arena foi na partida contra o São Paulo, quando faturou cerca de R$3,4 milhões (Arthur William/Agência Espacial Comunicação/Flickr)
Redação Exame
Publicado em 14 de dezembro de 2023 às 14h09.
Última atualização em 14 de dezembro de 2023 às 17h46.
O Atlético-MG encerrou sua participação no Brasileirão na semana passada, com a 3° colocação da tabela. Líder do segundo turno, o clube contou com a Arena MRV, inaugurada em agosto, como um dos trunfos para a arrancada final e chegar ao G4 após tropeços no início da competição. No total, foram dez jogos na nova casa e mais de R$20,6 milhões em renda, o que representa um aumento superior a 100% em comparação ao valor arrecadado como mandante em outros estádios (R$10,2 milhões).
A maior receita da arena foi na partida contra o Cruzeiro, quando faturou cerca de R$3,3 milhões. Na ocasião, também foi registrado o maior público do clube no Brasileirão, de mais de 42 mil torcedores. No novo estádio, aliás, o time alcançou frequência média de 35,5 mil pessoas por jogo, número que representa aumento de 15% em relação às partidas realizadas como mandante na competição antes da inauguração do novo estádio, quando a média de público era em torno de 30,7 mil por partida.
Na nova casa, o clube apostou no fornecimento de inovações tecnológicas para elevar a presença do torcedor nas arquibancadas. Dentre elas, destacam-se a disponibilidade de uma internet de alta cobertura, o Super App – aplicativo para a aquisição de ingressos, vagas de estacionamento, alimentos e bebidas – e a realização da entrada do público por meio do reconhecimento facial.
Tironi Paz Ortiz, CEO da Imply, empresa responsável pelo reconhecimento facial da Arena e líder no fornecimento de modernizações para clubes de futebol, estádios e arenas, explica que a tecnologia é um dos diferenciais para trazer conforto aos torcedores. “Nosso principal objetivo é fornecer opções rápidas, seguras e confortáveis, integrando os 18 portões de acesso à Arena MRV com modernas tecnologias desenvolvidas para altos fluxos de tráfego. O estádio do Atlético-MG conta com inúmeros diferenciais que buscam facilitar a gestão e a experiência dos espectadores”, destaca.
Além das tecnologias, o local possui espaços exclusivos que proporcionam experiências personalizadas à torcida. Com capacidade para 46 mil torcedores, a Arena conta com 112 camarotes e 42 bares. Para 2024, o clube planeja a inauguração de mais um restaurante de alta gastronomia que serão administrados pela GSH Live, empresa referência de catering que também atua no Allianz Parque e no Estádio da Luz.
Para Léo Rizzo, CEO da Soccer Hospitality, empresa responsável pela gestão de camarotes nos estádios do Botafogo e dos quatro grandes de São Paulo: “A experiência proporcionada aos fãs nesses espaços, como com alimentação à vontade, atrações musicais e contato com ex-atletas e ídolos das equipes, é um dos principais diferenciais e evidencia as oportunidades para se conectar à torcida e aos visitantes”.
Já de acordo com Alessandro Tomazelli, CEO da Companhia do Tomate, empresa referência em recreação infantil, com espaços nos estádios do Corinthians e Botafogo: “Os apoiadores buscam vivenciar experiências únicas nas casas de suas equipes do coração. Com isso, é necessário a criação de novos ambientes para os clubes entregarem uma experiência agradável aos torcedores”.
Outra parte da estratégia para atrair o público, foram ações digitais para ampliar a identificação dos apoiadores com a nova casa. Em conjunto com a patrocinadora Multimarcas, por exemplo, o clube lançou competição entre influenciadores nas redes sociais, cujo palco foi a Arena MRV e envolveu gravação de conteúdos sobre a experiência dos espectadores durante os jogos realizados no local.
“Foram quatro etapas de desafios em que estivemos responsáveis pelo monitoramento, captação de imagens e aprovação da rotina das ações. O conceito era que influenciadores identificados com o Galo pudessem produzir conteúdos criativos, cada um ao seu estilo, para realizar conexões entre o Atlético-MG, a Multimarcas e o torcedor”, explica Fernando Lamounier, diretor da Multimarcas Consórcios, uma das maiores administradoras do país, parceira do Galo desde de 2020.