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Universalização do saneamento pode gerar R$ 47 bilhões para quem vive no Paraná

Estudo aponta que, entre 2023 e 2040, a alta de renda do trabalho pode ser de mais de R$ 26 bi; os benefícios dos investimentos podem atingir R$ 82,524 bi

PR: para cada R$ 1,00 investido em saneamento, o estado deve ter ganhos sociais de R$ 3,16 (Getty Images)

PR: para cada R$ 1,00 investido em saneamento, o estado deve ter ganhos sociais de R$ 3,16 (Getty Images)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 26 de março de 2024 às 08h30.

O estudo “Benefícios Econômicos da Expansão do Saneamento no Paraná”, elaborado pelo Instituto Trata Brasil, em parceria com a EX Ante Consultoria, revela que a universalização dos serviços de água e esgoto sanitário no Paraná pode gerar benefícios bilionários. Os números foram divulgados nesta terça-feira, 26.

Entre 2023 e 2040, projeta o estudo, os benefícios dos investimentos devem atingir R$ 82,524 bilhões. São estimados R$ 48,360 bilhões de benefícios diretos (renda gerada pelo investimento e pelas atividades de saneamento e impostos sobre consumo e produção recolhidos) e outros R$ 34,165 bilhões resultantes da redução de perdas geradas por externalidades.

O prazo para a universalização, segundo o Marco Legal do Saneamento, é 2033. O ano 2040 é o prazo limite com exceções.

A projeção é de que haverá um movimento crescente de geração de empregos e renda na fase de expansão das redes, com a estabilização em um nível acima de 60 mil postos de trabalho na região.

Benefícios sociais

Os custos sociais entre 2023 e 2040 devem somar R$ 34,977 bilhões. Com isso, os benefícios devem ultrapassar os custos em R$ 47,547 bilhões. O valor mostra um balanço social positivo para a região - para cada R$ 1,00 investido em saneamento, o Paraná deve ter ganhos sociais de R$ 3,16.

Segundo dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento (SNIS), ano base 2022, 96,1% dos habitantes do Paraná são atendidos com abastecimento de água e 76,3% recebem atendimento de coleta de esgoto, enquanto 75,9% do esgoto é tratado. No entanto, 35,1% da água é perdida antes de chegar nas residências.

R$ 82,850 bilhões entre 2005 e 2022

Ainda segundo o levantamento, entre 2005 a 2022, no Paraná, 2,3 milhões de pessoas passaram a ter acesso ao serviço de abastecimento de água tratada e 4,6 milhões contaram com os serviços de coleta de esgoto residencial. Neste intervalo de tempo, os benefícios do investimento no saneamento atingiram R$ 82,850 bilhões, sendo R$ 69,829 bilhões de benefícios diretos (renda gerada pelo investimento e pelas atividades de saneamento e impostos sobre consumo e produção recolhidos) e R$ 13,021 bilhões como resultado da redução de perdas associadas às externalidades.

Os custos sociais no período somaram R$ 45,501 bilhões. Com isso, os benefícios ultrapassaram os custos em R$ 37,350 bilhões, o que confirma um balanço social positivo para o Paraná, como mostra o quadro abaixo sobre os custos e benefícios da expansão do saneamento no Paraná, no período entre 2005 a 2022.

Realidade

A pesquisa mostra ainda que, em 2022, 578,5 mil pessoas moravam em residências sem acesso à água tratada no Paraná, ou seja, o déficit relativo de abastecimento de água era de 5% da população. O número foi inferior à média da região Sul, que foi de 9,9% da população. Já a região metropolitana de Curitiba apresentou um déficit relativo de água tratada ainda menor, de apenas 2% da população.

O acesso à coleta de esgoto teve, segundo o levantamento, números menos favoráveis para a população. Ao todo, 2,851 milhões de habitantes moravam em residências sem coleta de esgoto no Paraná - 24,6% da população do estado não estava ligada à rede geral de esgoto. A região metropolitana de Curitiba teve um déficit relativo menor que a média estadual: 11,4% da população não tinha coleta de esgoto em suas residências.

"Os ganhos com as externalidades – saúde, produtividade e valorização ambiental – perdurarão para sempre, excedendo, portanto, o próprio período da universalização que deve ser alcançada em 2040", analisa a publicação.

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