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Unilever investe mais de R$ 900 mil para ampliar reciclagem e apoiar catadores em São Paulo

Com meta global de reciclar mais do que produz, companhia amplia coleta de plásticos e aposta na remuneração justa da cadeia do lixo em parceria com a Green Mining

A iniciativa prevê que os catadores sejam pagos com o mesmo valor dos praticados nas fábricas, eliminando intermediários da cadeia (Green Mining/Divulgação)

A iniciativa prevê que os catadores sejam pagos com o mesmo valor dos praticados nas fábricas, eliminando intermediários da cadeia (Green Mining/Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 1 de outubro de 2025 às 16h30.

Última atualização em 1 de outubro de 2025 às 16h51.

Com a meta de coletar mais embalagens plásticas do que coloca no mercado até o fim de 2025, a Unilever acaba de anunciar um investimento de R$ 904 mil para ampliar a reciclagem e apoiar a cadeia justa do lixo na cidade de São Paulo.

Em conjunto com a startup de logística reversa Green Mining, a gigante de bens de consumo irá inaugurar uma nova unidade da Estação Preço de Fábrica que passa a receber também plásticos do tipo PP (polipropileno), usado em potes e tampas, e PEAD (polietileno de alta densidade), presente em frascos de produtos de limpeza e higiene. 

Uma iniciativa da startup, as estações funcionam como contêineres de depósito de resíduos para compra de recicláveis com pagamento via Pix, aceitando usualmente PET, vidro, papel e embalagens longa vida.

Com a parceria, será possível receber outros tipos de materiais e combater um dos grandes gargalos da Unilever rumo à descarbonização: o uso demasiado do plástico. 

O aporte é um dos primeiros realizados no Brasil por meio da Lei de Incentivo à Reciclagem, em vigor desde o final de 2024.

Segundo a Unilever, o diferencial do projeto é a remuneração justa: os catadores receberão valores equivalentes aos praticados pelas usinas recicladoras, eliminando intermediários da cadeia.

Reciclar mais do que produz é a meta global

A ação está alinhada ao compromisso global da empresa em logística reversa. No Brasil, a meta de reciclar mais do que produz foi superada com um ano de antecedência: em 2024, 115% do peso total de embalagens comercializadas foi reciclado. 

Atualmente, 37% do plástico usado em frascos da Unilever é reaproveitado. Entre 2021 e 2024, a companhia evitou o uso de mais de 57 mil toneladas de plástico virgem e a emissão de aproximadamente 100 mil toneladas de CO₂.

Marcas do grupo como OMO, Cif, Comfort, TRESemmé e Hellmann's já utilizam 100% de plástico reciclado em suas embalagens.

"A economia circular é parte central da agenda climática. É fundamental avançar em soluções coletivas que fortaleçam o trabalho dos catadores", afirmou Juliana Marra, diretora de Assuntos Corporativos, Comunicação e Sustentabilidade da Unilever Brasil.

Tecnologia blockchain para transparência

O projeto com a Green Mining utiliza tecnologia de rastreabilidade em blockchain para garantir transparência nas transações. Cada pagamento é registrado e acompanhado por nota fiscal emitida em nome do CPF do catador, garantindo formalização do trabalho.

Desde 2021, a Estação Preço de Fábrica já coletou 5.400 toneladas de resíduos e pagou mais de R$ 5,8 milhões a cerca de 6 mil pessoas.

"Ao garantir que os catadores recebam diretamente o preço de fábrica dos materiais recicláveis, estamos corrigindo uma desigualdade histórica e fortalecendo um elo essencial da cadeia de reciclagem", destacou Rodrigo Oliveira, CEO e cofundador da Green Mining.

A Green mining também lançou recentemente a primeira iniciativa de créditos de carbono a partir da reciclagem, com potencial de movimentar R$ 2,8 bilhões por ano a partir de 26 mil toneladas de lixo desviadas de aterros e lixões.

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