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Carvão: conselheiros climáticos da UE defendem eliminação progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis (Sean Gallup/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 29 de janeiro de 2024 às 17h43.
O ano de 2023 na União Europeia (UE) teve um marco importante: foi alcançado o menor nível de emissões de dióxido de carbono gerado a partir de combustíveis fósseis. A retração foi de 8% em comparação aos níveis de 2022. A UE atingiu os menores níveis desde o início da década de 1960.
De acordo com relatório do Centro de Investigação em Energia e Ar Limpo (Crea), trata-se da maior queda anual registrada após 2020, quando fábricas foram fechadas e voos suspensos por conta da pandemia de covid-19.
As emissões de CO2 da UE a partir da queima de carvão diminuíram para metade desde 2015 e registaram uma redução anual de 25%. Já as emissões relacionadas com o gás diminuíram 11%, enquanto as provenientes do petróleo retraíram 2%, em comparação com o ano anterior.
Apesar dos números, a UE segue como uma das principais responsáveis pelo aquecimento do planeta, contribuindo para as condições climáticas cada vez mais extremas.
Recentemente, alguns dos conselheiros climáticos da UE afirmaram que “o ritmo das reduções precisa de aumentar consideravelmente” se o bloco quiser atingir a sua meta para 2030. Os 27 Estados-Membros têm de reduzir as emissões cerca de duas vezes mais rapidamente do que fizeram, em média, nos últimos 17 anos, de acordo com um relatório do Conselho Consultivo Científico Europeu sobre Alterações Climáticas.
O grupo apresentou uma relação com 13 recomendações para alcançar números melhores. Entre elas, a eliminação urgente e progressiva dos subsídios aos combustíveis fósseis, a expansão do regime europeu de preços de emissões para incluir a agricultura e a aprovação das leis finais do acordo verde europeu.