Walter Schalka: "nada de colocar os pijamas" Foto: Leandro Fonseca (Leandro Fonseca/Exame)
Marina Filippe
Publicado em 23 de junho de 2022 às 20h46.
Em outubro, a fabricante de papel e celulose Suzano anunciou a antecipação do compromisso de remover 40 milhões de toneladas de carbono da atmosfera, de 2030 para 2025, por meio de plantios comerciais ou espaços de conservação e recuperação de áreas degradadas.
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O anúncio é um exemplo de como a companhia tem avançado nas práticas ESG ao focar, por exemplo, as mudanças climáticas e a biodiversidade. “São temas urgentes, críticos para a sociedade e os negócios, e que fazem parte da agenda de toda a companhia, incluindo o CEO”, diz Cristiano Resende de Oliveira, gerente executivo de sustentabilidade da Suzano. Segundo ele, o tema é acompanhado por meio de um comitê de sustentabilidade que assessora a liderança.
Além disso, é necessário o envolvimento de toda a cadeia. “Fizemos rodas de discussão e aplicação de metodologia para o engajamento dos 100 fornecedores mais relacionados ao ESG. No ano passado abordamos o clima e neste ano focamos a água.”
Em 2021, a captação total de água pela Suzano contabilizou uma nova unidade em operação e um aumento de 6,9% no volume de produção vendável, mas, com a evolução na governança do uso da água e a implantação dos projetos nas unidades industriais de Imperatriz, no Maranhão, e Aracruz, no Espírito Santo, houve uma redução acumulada de 11,7%.
A Suzano quer ainda tirar 200.000 pessoas da pobreza até 2030. Para isso, são feitas capacitações com trabalhadores em regiões próximas às operações e um acompanhamento para que as pessoas não voltem a passar por necessidades. “Em comunidades rurais, incentivamos a agricultura familiar e regenerativa”, diz Oliveira. Até o momento, 9.007 pessoas deixaram a pobreza extrema.