Agronegócio: conheça seis empresas que estão revolucionando o setor (Edwin Remsburg/Getty Images)
O agronegócio encontrou na tecnologia a resposta para solucionar problemas estruturais do setor e auxiliar produtores e pecuaristas a alcançarem melhor desempenho. As agtechs, apelidado dado às startups do agronegócio, têm liderado uma nova revolução no setor, inspiradas por inovação e tecnologia.
Para avaliar as principais soluções do mercado, seis empresas participaram de um debate no fórum "SuperAgro Brasil 2021", evento organizado pela EXAME nesta quinta-feira, 8, e que reuniu especialistas para debater os rumos do agronegócio no Brasil.
Mariana Vasconcelos, presidente e cofundadora da Agrosmart, startup que faz uso de sensores no solo e outras tecnologias para munir os produtores rurais de dados que possam basear suas decisões de plantio, foi a primeira a se apresentar. A startup tem operação em 9 diferentes países, mais de 400 produtores conectados à plataforma e monitora cerca de 800 mil hectares. “Queremos fazer com que o Brasil seja reconhecido pelo seu agro ativo, mas também sustentável”, disse.
Nesta semana, a empresa anunciou a primeira aquisição de sua história. Trata-se da empresa argentina BoosterAgro. Para o futuro, a meta da Agrosmart é se tornar cada vez mais em um hub de serviços digitais.
A segunda empresa a se apresentar foi a Tarvos, sob o comando de Andrei Grespan, cofundador da startup. A Tarvos funciona como uma ferramenta de monitoramento e gestão de pragas agrícolas. Em funcionamento há menos de um ano, a startup já está nos estados de Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Paraná e Rio Grande do Sul.
Assim como no monitoramento climático, a Tarvos quer trazer mais previsibilidade sobre possíveis pragas na lavoura. Para isso, conta com estações de monitoramento para coletar dados em tempo real. Hoje, a startup tem presença no Brasil e Paraguai, e pretende entrar no mercado argentino ainda em 2021. “Nossa análise é de que o retorno sobre o investimento é de até 8 vezes, dependendo do cultivo”, disse Grespan.
A DigiFarmz apresentou terceiro pitch do painel. A plataforma digital ajuda no manejo de soja. Segundo Alexandre Chequim, CEO e fundador da DigiFarmz, a startup auxilia o produtor a tomar as melhores decisões em cada safra, como datas e regiões mais adequadas para o plantio da commodity.
O enfrentamento de potenciais problemas para a concessão de crédito rural é a dor que Agryo quer solucionar. Em uma análise generalista de risco, a startup oferece a instituições financeiras, como bancos e seguradoras, um mapa com os fatores que determinam o risco agrícola de um determinado produtores e os fatores que implicam o desempenho financeiro.
Do lado do agricultor, a transparência baseada em dados ajuda a definir ações que ajudem a ter chances de ter um crédito aprovado numa próxima vez, por exemplo.
A JetBov, por sua vez, acompanha as principais métricas para a gestão de rebanhos, como vacinação e ganho de peso. Como diferencial, a JetBov também faz a gestão de pastagens. Desse modo, mais de 4,8 milhões de animais são monitorados em 2.300 fazendas no país. "Queremos empoderar o pecuarista com a ajuda de informações”, diz Xisto Souza, CEO da Jetbov..
A última apresentação da noite foi a da Agrotools, startup de tecnologia agrícola que conecta empresas a produtores rurais com o objetivo de trazer mais transparência à cadeira de fornecimento do agro. A Agrotools é uma das pioneiras do setor e hoje já conta com grandes redes na sua lista de clientes, entre elas McDonald's, Walmart e Carrefour. Ao todo, são mais de 120 empresas e cerca de 200 milhões de hectares monitorados.