ESG

Startup permite empresas transformarem lixo reciclável em lucro até 2030

Empresa de reciclagem e tecnologia busca diminuir riscos ambientais e cria concentradores em 40 regiões do país conectando geradores, transportes, recicladores e catadores

A startup conta com seis etapas de reciclagem, dentre elas, avaliação, diagnóstico, comparação de resultados, implementação de suporte e estratégias, tratamento, trilha de coleta e criação do painel de controle digital (Recicla Latas/Divulgação)

A startup conta com seis etapas de reciclagem, dentre elas, avaliação, diagnóstico, comparação de resultados, implementação de suporte e estratégias, tratamento, trilha de coleta e criação do painel de controle digital (Recicla Latas/Divulgação)

A 4H (4 Hábitos para Mudar o Mundo) tem a meta de zerar a destinação de todos os tipos de resíduos para aterros sanitários até 2030. Para isso, a companhia está reunindo os agentes para tratar o lixo de forma sustentável. A ideia é ser um processo sustentável e lucrativo para todos os envolvidos – desde a grande empresa que precisa ter controle na destinação de seus resíduos até os moradores da região que reciclam os materiais. Neste momento, são 40 hubs em formação no país, 4 deles já implantados em uma das principais indústrias de bebidas do país.

“Somos um ecossistema que conecta aqueles que querem transformar o lixo em ouro. Os Centros de Distribuição de grandes empresas já estão instalados em locais estratégicos. Cada um, ao se juntar à 4H, dá o pontapé para iniciarmos a construção de um concentrador local, onde integramos todos os agentes necessários para o descarte e venda dos recicláveis. Fazemos uma gestão de ponta a ponta de forma inclusiva e com métricas reais. São práticas verdadeiras de ESG, alinhadas aos ODS (Objetivos de Desenvolvimento Sustentável da ONU”, afirma a arquiteta, cofundadora e diretora executiva da empresa da 4H, Ana Arsky. 

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A 4H foi criada em 2019, no Distrito Federal e é a primeira empresa do DF certificada pelo chamado Sistema B, uma comunidade global que usa os seus negócios para a construção de um sistema econômico mais inclusivo, equitativo e regenerativo. “O pensar, o sentir e o agir estão alinhados para colocarmos em prática as intenções das empresas de serem melhores para o planeta. E isso começa com 4 hábitos: separar, reduzir, recuperar e multiplicar”, comenta Arsky.

Além do Sistema B, a empresa é membro do Instituto Capitalismo Consciente Brasil (ICCB) e da Humanizadas. Está presente no CUBO Itaú, o maior hub de startups da América Latina. É ainda membro cofundador do ∞labs, uma catalisadora de ecossistemas voltados para a economia infinita, uma nova onda de modelos de negócios que chega após o boom das startups e, já passou por diversos programas de aceleração. “O próprio lixo financia o tratamento dele: é auto sustentável", destaca Arsky

Como funciona a reciclagem?

A 4H, avalia e metrifica o que as companhias têm feito com seu lixo, sendo capaz de colocar em prática um novo processo envolvendo colaboradores, gestores e equipes parceiras. Desta forma, ao final da execução de seu trabalho de alinhamento das ações necessárias, faz com que o volume de recicláveis aumente consideravelmente 

Para isso, a 4H age em uma jornada dividida em seis etapas. A avaliação, diagnóstico, resultados comparativos, implementação de suporte e estratégias, tratamento, trilha de coleta e criação do painel de controle digital. “Durante cada fase, setores diversos da empresa, como inovação, logística, RH e financeiro, são envolvidos no processo, tornando-o linear, consistente e eficaz”, conta Arsky. 

Essas mudanças não impactam apenas quem está diretamente envolvido no processo daquela empresa, mas também ajuda a combater as mudanças climáticas e a desigualdade social. “Hoje, a grande maioria das empresas pagam para o serviço de coleta levar para o aterro seu lixo e gerar mais poluição, enquanto é possível, por meio do trabalho da 4H, que elas recebam pagamento pelo seu lixo reciclável possibilitando, ainda, melhorias expressivas na qualidade de vida dos catadores e de suas famílias que têm suas rendas ampliadas a partir do serviço de controle, além do reflexo positivo nas comunidades moradoras das periferias que circundam os aterros sanitários”, comenta Arsky.

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