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Startup aposta em programa que conecta toda cadeia do lixo contra poluição oceânica

Polen atua direto com grandes geradores de resíduos como quiosques e restaurantes, criando sistema digital que rastreia resíduos até a reciclagem e ainda gera créditos de logística reversa

O Brasil despeja mais de 325 mil toneladas de plástico por ano no oceano Atlântico e é um dos maiores poluidores do mundo (Sebnem Coskun/Anadolu Agency//Getty Images)

O Brasil despeja mais de 325 mil toneladas de plástico por ano no oceano Atlântico e é um dos maiores poluidores do mundo (Sebnem Coskun/Anadolu Agency//Getty Images)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 27 de julho de 2025 às 11h40.

Você sabia que o Brasil despeja mais de 325 mil toneladas de plástico por ano no oceano Atlântico? O número alarmante coloca o país entre os maiores poluidores do mundo.

Pensando em combater o problema ambiental, a startup Polen acredita que a solução está na conscientização da cadeia do lixo -- e não apenas nos consumidores.

Por meio do programa "Ondas do Futuro", a empresa atua junto aos grandes geradores de resíduos como quiosques, bares, restaurantes e redes hoteleiras para estruturar ações permanentes de destinação correta.

"A conservação marinha começa em terra firme, com o envolvimento de atores locais", destacou Alexander Turra, coordenador da UNESCO para a Sustentabilidade do Oceano, que apoia a iniciativa.

Segundo a Polen, o diferencial da iniciativa está no sistema digital que conecta cooperativas, comércios e recicladores, criando uma rede de rastreabilidade completa dos materiais coletados. A plataforma permite ainda a emissão de créditos de logística reversa, oferecendo às empresas uma forma transparente e auditável de comprovar suas ações de compensação.

"O crédito garante o 'compliance' da indústria que coloca produtos embalados no mercado", explicou Renata Vilarinho, diretora de parcerias estratégicas da Polen.

De acordo coma executiva, o modelo promove não apenas educação ambiental, mas estimula mudanças estruturais em toda a cadeia produtiva.

Além disso, o programa está integrado à Rede Oceano Limpo, que reúne gestores públicos, pesquisadores, organizações da sociedade civil e representantes do setor privado de diferentes estados. A articulação permite que as soluções desenvolvidas localmente sejam replicadas em outras regiões costeiras do país.

Modelo escalável e replicável

Os idealizadores propõe que o modelo deve ser escalável e replicável para outras regiões litorâneas brasileiras apostando no trabalho com grandes geradores de resíduos e criação de um sistema digital de rastreabilidade.

"Quando o setor privado, o poder público e as comunidades se unem, é possível proteger os ecossistemas aquáticos", concluiu Renata.

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