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Siemens Energy lança programa de capacitação em transição energética na Amazônia

A multinacional alemã vai investir R$ 1,4 milhão em cursos técnicos para jovens vulneráveis no Pará como legado da COP30, em parceria com o Instituto Federal

Um dos gargalos da região é a falta de mão de obra especializada e o Instituto Federal ficará a cargo da especialização (Divulgação)

Um dos gargalos da região é a falta de mão de obra especializada e o Instituto Federal ficará a cargo da especialização (Divulgação)

Sofia Schuck
Sofia Schuck

Repórter de ESG

Publicado em 5 de agosto de 2025 às 15h50.

Última atualização em 5 de agosto de 2025 às 15h52.

A Siemens Energy, multinacional de tecnologias de energia, anunciou uma mudança significativa em sua estratégia rumo à grande conferência climática da ONU (COP30), em Belém do Pará.

Em vez de investir na participação da delegação, a empresa alemã vai redirecionar mais de 80% dos recursos tradicionalmente destinados à logística e acomodação para um novo programa de capacitação em transição energética na região amazônica.

O projeto "Educar para Energizar" conta com um investimento inicial de R$ 1,4 milhão e foi firmado em parceria com o Instituto Federal da capital do Pará, voltado a oferecer cursos técnicos de dois anos para jovens em situação de vulnerabilidade social.

Com alto potencial em recursos naturais e outras condições favoráveis para a expansão de renováveis, a aposta é em tornar o Norte do Brasil um grande polo neste setor.

À EXAME, o Vice-Presidente Sênior da Siemens Energy para América Latina, destacou que "a iniciativa representa uma aposta da companhia no desenvolvimento de capital humano especializado em transição energética, área considerada estratégica para o Brasil".

Para o executivo, acelerar a implementação de soluções climáticas em larga escala é peça-chave e também depende do setor privado.

Na Siemens, o foco está em tecnologias verdes em toda cadeia de valor energética e a inclusão é fator decisivo para alcançar os compromissos, frisou o VP. A ação se propõe a ir além da COP30 e construir um legado de impacto positivo para o desenvolvimento sustentável.

Solução para resolver um gargalo

O programa surge em um contexto de crescente demanda por profissionais qualificados no setor de energias renováveis, ao mesmo tempo em que este é um dos gargalos na Amazônia: mão de obra especializada.

Segundo dados da Empresa de Pesquisa Energética (EPE), mais de 2,7 milhões de pessoas da região dependem de sistemas elétricos que utilizam fontes fósseis por não estarem conectados a rede nacional.

Em um esforço conjunto com autoridades locais, a Siemens Energy tem defendido a realização de leilões que contemplem a hibridização de usinas, combinando energia solar e sistemas de bateria com a geração térmica existente. No entanto, a falta de pessoas capacitadas é um obstáculo para os avanços tecnológicos.

Como funciona o programa

O programa abrirá inicialmente 160 vagas para estudantes que já concluíram o ensino médio. A grade curricular, com 1.200 horas totais, foi estruturada de forma progressiva, começando com competências básicas como eletricista instalador e manutenção de linhas elétricas, e avançando para especializações em sistemas fotovoltaicos, energia eólica, mobilidade elétrica e hidrogênio verde.

A execução ficará a cargo do Instituto Federal do Pará (IFPA), enquanto a Cooperação Brasil-Alemanha para o Desenvolvimento Sustentável, por meio da GIZ, contribuirá com o planejamento pedagógico. Já a gestão administrativa será feita pela Fundação de Apoio ao Instituto Federal da Paraíba (FUNETEC).

Julia Giebeler Santos, diretora do projeto Profissionais do Futuro da GIZ, destaca que o apoio da Siemens Energy está alinhado aos objetivos de impulsionar a formação na área. "O formato modular dos cursos torna o programa muito mais dinâmico e o fornecimento de bolsas de estudo é fundamental para evitarmos a evasão escolar de alunos em situação de vulnerabilidade social", explicou.

O projeto também contempla o fornecimento de equipamentos de laboratório de última geração para aulas práticas, buscando uma formação técnica alinhada às demandas do mercado de trabalho regional, destacou a Siemens.

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