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Seca: das 15 cidades brasileiras sem chuva há mais tempo, 12 ficam em MG

Seca generalizada no país, perto de chegar a seis meses, inclui municípios mineiros como Montes Claros e Uberaba; Belo Horizonte enfrenta a estiagem há 150 dias

Impactos: Uberaba é uma das cidades de Minas há mais tempo sem chuva (GERSON FORTES/Getty Images)

Impactos: Uberaba é uma das cidades de Minas há mais tempo sem chuva (GERSON FORTES/Getty Images)

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 17 de setembro de 2024 às 16h18.

A falta de chuvas generalizada tem trazido uma situação crítica para o Brasil, como a aceleração dos focos de incêndio em biomas e áreas cultivadas, ameaça à vida e à saúde das pessoas. Neste contexto, um estado se destaca com a concentração de cidades que estão há mais tempo sem precipitações pluviométricas.

Segundo dados do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), até o dia 16 de setembro, das 15 cidades brasileiras há mais dias sob estiagem, 12 ficam no estado de Minas Gerais. São elas: 

  • Pompeu - 166 dias
  • Montalvânia - 164 dias
  • Montes Claros - 163 dias
  • Januária - 162 dias
  • Arinos - 160 dias
  • Mocambinho - 159 dias
  • São Romão - 159 dias
  • Unaí - 157 dias
  • Dores do Indaiá - 157
  • Cristalina - 157
  • Uberaba - 156
  • Paracatu - 156

Já a capital, Belo Horizonte, enfrenta a falta de chuvas há 150 dias. Longos períodos sem chuva, como se vê no Brasil, com a alta concentração em Minas, costuma ser uma característica climática de regiões do semiárido. Especialistas, no entanto, avaliam que a situação vista agora é generalizada.

Mas o que leva à falta de chuvas? Segundos os estudiosos do clima, a ausência de chuva acontece por causa baixa umidade. Ao mesmo tempo, há baixa umidade porque não chove, num ciclo que se autoalimenta. Nesse contexto, vale lembrar que nos casos de menos vegetação, o que se vê é menos umidade retida no solo e na vegetação, refletindo em temperaturas mais altas. 

Municípios mais atingidos pela seca apresentam outros problemas que pioram as condições gerais, como extremos climáticos, desmatamento e degradação da vegetação nativa.

Setembro

Na versão mais recente do Monitoramento de Secas e Impactos no Brasil, elaborado pelo Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemanden), mostra o mapa de dias consecutivos sem chuva, atualizado em 11 de setembro de 2024, em que mais de cem municípios brasileiros já enfrentam um período crítico prolongado, com mais de 150 dias sem precipitação. A região mais afetada por essa condição concentra-se entre o sul da Bahia e o centro-norte de Minas Gerais.

A projeção do Índice Integrado de Seca (IIS) para setembro adverte para o agravamento da seca em diversas regiões do Brasil. Destaque para a expansão dos municípios com condição de seca extrema, sendo estes localizados no Amazonas (8 municípios), Mato Grosso (73 municípios), Mato Grosso do Sul (7 municípios) e Goiás (43 municípios).

Na Bacia do Rio Paraná, a seca continua crítica, variando de severa a extrema em parte da região. Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais, sobretudo em relação ao maior risco de propagação do fogo, detalha o Cemaden.

"Essa situação exige atenção e ações preventivas para minimizar os impactos socioeconômicos e ambientais, sobretudo em relação ao maior risco de propagação do fogo", alerta o Cemanden.

As condições do semiárido

Segundo explicação do Centro Nacional de Monitoramento e Alerta de Desastres Naturais (Cemanden), a região do Brasil mais afetada por secas é o semiárido do Nordeste, que inclui partes de nove estados - Alagoas, Bahia, Ceará, Minas Gerais, Paraíba, Pernambuco, Piauí, Rio Grande do Norte e Sergipe.

O semiárido, de acordo com o Cemaden, é "especialmente vulnerável por conta da grande concentração de estabelecimentos de agricultura familiar, que se constituem por pequenas propriedades que utilizam o sistema de sequeiro, ou seja, sem irrigação . Os impactos da estiagem são manifestados na perda de safras e rebanhos, afetando os demais setores produtivos e a economia regional."

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