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Granja abastecida com energia solar: gasto com eletricidade é o terceiro maior custo em uma granja produtora de frango de corte (JBS/Divulgação)
EXAME Solutions
Publicado em 19 de janeiro de 2024 às 16h48.
Última atualização em 26 de janeiro de 2024 às 11h10.
Na Seara o ano de 2023 foi encerrado com uma marca expressiva: 55% das granjas de produtores integrados da marca já fazem uso de energia solar em suas instalações. O resultado é ainda mais representativo quando consideradas apenas as granjas produtoras de aves, em que a utilização atingiu 60% no final de 2023.
Em certas regiões, os números são muito impactantes: entre os integrados de Trindade do Sul (RS), a adoção de placas fotovoltaicas ultrapassou 92% das granjas, já entre as unidades fornecedoras da região de Salvador do Sul (RS), o uso bateu os 96%.
A implantação de placas fotovoltaicas nas granjas vem sendo incentivada pela Seara, seja por meio de bonificação para aqueles produtores que realizam a migração para o uso de energia solar, seja pela intermediação de financiamentos para compra e instalação dos equipamentos, com juros reduzidos.
“O custo da energia elétrica participa de maneira impactante no processo de produção da integração, sendo importante a busca de alternativas para reduzi-lo. A tecnologia fotovoltaica é uma opção que agrega competitividade à atividade, atribuindo redução de custo e aumento de margens dos produtores”, afirma José Antônio Ribas, diretor-executivo de Agropecuária da Seara.
Segundo ele, estudos mostram que o gasto com eletricidade é o terceiro maior custo em uma granja produtora de frango de corte. “A transição para o modelo fotovoltaico pode representar uma economia de até 90% na conta de luz”, diz Ribas.
Gerente-executivo de Agropecuária da Seara, Vamiré Luiz Sens Júnior explica ainda que diante do aumento de fornecedores, da maior disponibilidade e domínio da tecnologia fotovoltaica no mercado e do incremento anual do custo da energia elétrica nas concessionárias (muitas vezes, incentivado por crises de escassez hídrica), as linhas de créditos “verdes” são uma boa saída, especialmente pelas taxas de juros mais atrativas.
“A iniciativa tende a se pagar em até três anos, permitindo que o que antes entrava apenas na linha de custo, passa a ser incorporado como margem pelo produtor. Então, é uma solução que além de ser mais sustentável, também é bastante interessante economicamente para o negócio dos integrados”, afirma Vamiré.
A Seara possui um check list que baliza a política de bonificação para parceiros integrados de aves e suínos. Além de critérios de adequação estrutural e de procedimentos, a lista contempla itens de Sustentabilidade, que são responsáveis por até 35% do valor total da bonificação.
Entre os critérios ESG, além da instalação de fontes de energia renováveis nas granjas, como placas fotovoltaicas, também constam a implementação de programa para identificação, separação e destinação correta de resíduos sólidos; e a adoção da íntegra das regras de bem-estar animal. As granjas que são aderentes aos três itens passam a ter direito à bonificação.
O incentivo à utilização de fontes renováveis de energia pelos produtores integrados, além de contribuir com o objetivo da empresa de se tornar Net Zero até 2040, tornará possível as reduções das emissões do escopo 3, que estão na cadeia de valor da companhia.