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Salmão ameaçado: veja quais são as espécies sob risco

Novo relatório da União Internacional para a Conservação da Natureza confirma o impacto do aquecimento global na biodiversidade, mas também mostra avanços

Piora: o salmão do Atlântico saiu da lista de "menos preocupante" para "quase ameaçado"

Piora: o salmão do Atlântico saiu da lista de "menos preocupante" para "quase ameaçado"

AFP
AFP

Agência de notícias

Publicado em 11 de dezembro de 2023 às 13h56.

Última atualização em 11 de dezembro de 2023 às 14h09.

O salmão do Atlântico, a tartaruga-verde, o órix do Saara... a lista vermelha de espécies ameaçadas, atualizada nesta segunda-feira, 11, destaca o impacto do aquecimento global na biodiversidade, mas também mostra os resultados dos esforços para protegê-la.

A União Internacional para a Conservação da Natureza (IUCN, na sigla em inglês) divulgou durante a COP28, em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos, o novo relatório sobre o estado de preservação global de espécies vegetais e animais.

Esta lista vermelha, que mede o risco de extinção de animais, avalia 157.190 espécies, 44.016 das quais estão ameaçadas de extinção a nível global.

O salmão do Atlântico sofreu uma diminuição de 23% entre 2006 e 2020, subindo na lista de "menos preocupante" para "quase ameaçado". A redução de sua população está associada à crescente escassez de suas presas como consequência da mudança climática e do impacto das atividades humanas.

Na nova lista, as tartarugas-verdes do Pacífico Sul central e do Pacífico Oriental estão classificadas como "ameaçadas" e "vulneráveis", respectivamente, também afetadas pelos efeitos do aquecimento global ou pelas capturas acidentais durante a pesca.

Em relação às plantas, o mogno-da-folha-grande — usado na fabricação de móveis, objetos decorativos ou instrumentos — passou de "vulnerável" a "ameaçado de extinção".

Sua população na América Central e na América Latina reduziu pelo menos 60% nos últimos 180 anos, informou a IUCN, como consequência de métodos agrícolas não sustentáveis, do crescimento urbano e da expansão das terras cultiváveis, que reduzem as florestas tropicais.

Avanços

Por outro lado, a situação de duas espécies de antílopes apresentou uma melhora nesta atualização.

Graças aos esforços de preservação realizados diante de sua reintrodução no Chade, o órix do Saara agora é considerado "ameaçado", após ter sido classificado como "em extinção" no final dos anos 1990. A IUCN acrescentou que sua sobrevivência "depende de uma proteção contínua contra a caça furtiva".

A espécie saiga, presente sobretudo no Cazaquistão, já não está mais "criticamente ameaçada", mas sim "quase ameaçada". Sua população aumentou 1.100% entre 2015 e 2022 neste país asiático.

A Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas da IUCN também completa o primeiro estudo mundial sobre o estado de peixes de água doce, que mostra que 25% das espécies avaliadas estão agora em risco de extinção.

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