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Rock in Rio terá pista de dança que gera energia a partir do movimento do público

Em entrevista exclusiva à EXAME, diretora de sustentabilidade da Coca-Cola, viabilizadora da iniciativa, conta que a plataforma de música Coke Studio será energizada pela dança; estratégia de ESG para festival ainda inclui gestão de resíduos

EcoPista: Energia cinética limpa será gerada por dança dos participantes do Rock in Rio (Coca-Cola/Divulgação)

EcoPista: Energia cinética limpa será gerada por dança dos participantes do Rock in Rio (Coca-Cola/Divulgação)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 3 de setembro de 2024 às 15h07.

Última atualização em 3 de setembro de 2024 às 17h51.

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No ano em que o Rock in Rio, maior festival de música do país, comemora seus 40 anos, a Coca-Cola busca trazer mais sustentabilidade para o Coke Studio, plataforma de música da companhia de bebidas que promove shows de artistas locais em ascensão. Além de gerar aproximação com o público, a ativação quer mostrar como o ESG pode se conectar com a atuação de grandes eventos.

Uma das instalações é a EcoPista, pista de dança que gera energia limpa a partir dos movimentos dos participantes do festival. A instalação foi feita em parceria com a NeoEnergia e vai gerar energia para o abastecimento do Coke Studio.

De acordo com Katielle Haffner, diretora de relações corporativas e ESG da Coca-Cola Brasil e Cone Sul, que falou com exclusividade à EXAME, 10 horas de dança vão gerar a capacidade energética para abastecer 3.700 lâmpadas de LED por hora. “Nossa ideia é desenvolver algo inovador, mas em um conceito que tangibiliza o ESG no dia a dia, fugindo da conversa técnica”, conta.

A ideia veio de outros grandes eventos que movimentaram o público no Brasil e no mundo. “Nos inspiramos em boas práticas da turnê do Coldplay. Entendemos que o que faziam era genuíno, e trouxemos boa parte dessa experiência para cá”, explica Haffner.

O Coke Studio será movido completamente por energias limpas. Enquanto a energia da EcoPista estiver sendo gerada, os participantes poderão acompanhar por meio de um medidor a capacidade energética formada. O espaço contará também com abastecimento por meio de baterias elétricas em caso de falha energética e biodiesel.

EcoPista: Energia limpa gerada por participantes do Rock in Rio no Coke Studio, plataforma de música da Coca-Cola (Coca-Cola/Divulgação)

Menos copos, mais reciclagem

Outra preocupação da companhia durante a realização do festival é a gestão de resíduos. Uma parceria que uniu também as fabricantes de bebidas Heineken e Red Bull, além da petroquímica Braskem, busca implementar o uso de copos reutilizáveis. A expectativa é que a ação evite a geração de 14 toneladas de resíduos durante os sete dias de evento. “Nosso objetivo é promover a sustentabilidade e criar a conexão com garrafas retornáveis – uma escolha importante e consciente”, explica a diretora.

O Rock In Rio marcou uma geração sedenta por liberdade, agora se volta para o impacto socioambiental

A diretora de sustentabilidade conta que a empresa passou a agir pelo ESG nos festivais em 2022, ano da retomada das apresentações após a pandemia. Ela explica que, como a população passou a ficar mais tempo em casa, conseguiu ver de perto a quantidade de lixo que se gera em um dia, uma mudança de perspectiva necessária. “No Lollapalooza de 2022, começamos a trabalhar para trocar resíduos por brindes e mostrar a reciclagem para o cliente. No The Town, no ano passado, trocamos os copos descartáveis por recicláveis”, explica.

No último Rock in Rio, a empresa se uniu com a concorrente Heineken e a petroquímica Braskem para recuperar os copos descartáveis usados no evento. O plástico reciclado foi utilizado nas tampas do perfume Kayak, da companhia de cosméticos Natura.

Para Haffner, a iniciativa se conecta ainda com as ações de circularidade na Coca-Cola. “Antes, já falávamos de economia pela reciclagem, mas a sustentabilidade não era pensada em coisas medidas: as conversas ainda tratam muito de produtos premium, fora da nossa realidade. Agora falamos de produtos ao nosso alcance, como a Coca-Cola na embalagem retornável, que além de ser mais econômica, é mais sustentável para o planeta”, afirma.

Troca de embalagens por brindes

A empresa também contará com pontos de troca de resíduos, espaços em que participantes do festival poderão depositar embalagens de produtos consumidos e garantir brindes, em uma dinâmica de gamificação. O material reciclável coletado ao fim do Rock in Rio será destinado às cooperativas da Associação Nacional de Catadores e Catadoras de Material Reciclável (ANCAT), que é parceira da Coca-Cola.

Para Haffner, trabalhar a sustentabilidade em um grande evento de música é uma forma de aplicar o poder de marca da Coca-Cola para acelerar a agenda do tratamento de resíduos e do uso de energias limpas. “Vemos um grande potencial de fomentar modelos de coleta seletiva, orientar a destinação correta e gerar consciência. Tudo isso cria um impacto real no meio ambiente e na nossa vida”, afirma.

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