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Robô bombeiro desenvolvido por empresa brasileira combate incêndios florestais

Com autonomia de operação de 10 horas, o modelo da Ambipar Response é, segundo a companhia, o único no mundo aprovado para atuar em zonas classificadas, como a indústria de óleo e gás

Inovação: novo modelo suporta temperaturas de até 600º C por até 15 minutos

Inovação: novo modelo suporta temperaturas de até 600º C por até 15 minutos

Paula Pacheco
Paula Pacheco

Jornalista

Publicado em 25 de setembro de 2024 às 17h53.

Última atualização em 25 de setembro de 2024 às 18h27.

O combate a incêndios em países afetados pelos efeitos colaterais do avanço das mudanças climáticas, como o Brasil, Portugal, Canadá e Estados Unidos, tem se mostrado desafiador.

No caso do Brasil, técnicas rudimentares ainda são muito usadas para conter o avanço das chamas em vegetação nativa e áreas cultivadas. A Ambipar, multinacional brasileira líder global em soluções ambientais, apresentou nesta semana um robô, batizado de STW Response, dedicado ao combate a incêndios.

O equipamento, criado pela Ambipar Response, subsidiária especializada na gestão de crise e respostas a emergências ambientais, pesa 1 tonelada e 300 quilos com os cilindros 100% cheios de pó químico, sem as mangueiras. Sua autonomia de operação é de 10 horas, e, segundo a companhia, é um dos mais modernos e o único no mundo aprovado para atuar em zonas classificadas, como a indústria de óleo e gás.

Os robôs serão utilizados pela Ambipar em emergências ambientais, mas também poderão ser comercializados para empresas ou governos interessados na tecnologia.

Características

O STW Response, de acordo com a Ambipar, tem uma série de diferenciais em relação ao modelo anterior, produzido para uso na indústria. Com tecnologia nacional, o robô é montado com materiais e componentes específicos para suportar temperaturas de até 600º C por até 15 minutos. Para garantir a resistência em altas temperaturas, o mecanismo de deslocamento utiliza liga de bronze e alumínio - que não produz faísca - em vez de borracha. O recurso também facilita o acesso da máquina a locais com vazamento de combustível sem que haja risco humano.

Além disso, o robô bombeiro pode ser operado por controle remoto a até 300 metros de distância e conta com retorno do sinal via Wi-Fi. O recurso possibilita que toda a sala de controle também tenha acesso às imagens e acompanhe a operação em tempo real. O modelo é equipado com câmeras frontal, traseira e lateral, uma noturna e outra térmica.

As características do STW Response em relação à versão anterior, de acordo com a Ambipar, aumenta tanto a agilidade quanto a eficácia para o atendimento aos chamados envolvendo acidentes com produtos químicos e poluentes que afetam a saúde, meio ambiente e o patrimônio.

O robô pode combater incêndios com espuma e água. No uso de pó químico seco, o acionamento é feito por meio de um sistema operado por um canhão de ataque rápido em que o jato lança até 90kg do material a 20 metros de distância. O pó químico fica armazenado dentro dos cilindros vermelhos e cada um comporta até 45kg.

Outra característica do STW Response é que, com a pressão, consegue jogar até 32 mil litros de água por minuto. Como comparação, um caminhão do Corpo de Bombeiros armazena de 5 a 15 mil litros totais no veículo, a depender do tamanho do veículo. No caso do robô, a água vem de uma mangueira acoplada em um hidrante, bomba (no caso de acesso a reservatórios) ou de um caminhão pipa.

Segundo Rafael Espírito Santo, CEO da Ambipar Response, o STW Response tem o maior fluxo de água em um sistema robótico do mundo. "Em uma situação normal, seriam necessários pelo menos 10 profissionais para lançar esse mesmo volume de água”, diz. Ainda segundo a empresa, uma equipe de brigada demora de 10 a 15 minutos para se preparar para uma chamada de incêndio, enquanto o robô pode fazer o atendimento assim que o alerta é acionado.

O equipamento é resistente a impactos - como o de pedaços de construção que podem cair de uma edificação - e conta com uma bateria de última geração feita de fosfato de ferro-lítio. Com isso, a durabilidade do equipamento pode chegar a até 20 mil ciclos de operação de carga e descarga.

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