Patrocínio:
Parceiro institucional:
A parceria foi firmada entre as Secretarias de Energia e Economia do Mar (Seenemar) e da Mulher, durante o Energy Summit no Rio de Janeiro
Repórter de ESG
Publicado em 25 de junho de 2025 às 16h02.
Última atualização em 25 de junho de 2025 às 16h12.
As mulheres representam apenas 16% da força de trabalho no setor de energia global. No Brasil o cenário não é diferente: sua representatividade em cargos de liderança é ainda mais crítica, atingindo apenas 5,55%, segundo dados da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel).
Visando reduzir a desigualdade de gênero e ampliar a presença feminina nos segmentos naval, portuário e offshore, uma parceria inédita foi firmada nesta quarta-feira, 25, entre as Secretarias de Energia e Economia do Mar (Seenemar) e da Mulher, com assinatura durante o Energy Summit, evento de inovação e sustentabilidade em sua segunda edição na capital carioca.
O movimento batizado de "Women In Energy" aposta na inserção de mulheres neste mercado por meio de capacitação profissional gratuita e acesso a uma rede de oportunidades, além de outras ações conjuntas de qualificação, intercâmbio de informações e apoio técnico contínuo — sem transferência de recursos financeiros entre os órgãos públicos.
Tatiana Yagura, COO do Energy Summit e idealizadora do movimento, destacou que a iniciativa representa a convergência entre políticas públicas, inovação e impacto social.
"Unir energia e economia do mar à capacitação profissional e à inclusão é um avanço concreto para acelerar a transição energética com equidade e desenvolvimento regional", disse Tatiana.
A formação se enquadra dentro do programa Empregos Azuis, da Seenemar, que tem como meta ambiciosa formar até 10 mil trabalhadores até 2026 em 12 cursos diferentes — incluindo profissionalização como taifeiro, operador de empilhadeira, soldador, pintor industrial e operador de drones marítimos.
"Queremos oferecer oportunidades reais às fluminenses que não têm condições de arcar com cursos profissionalizantes, contribuindo diretamente para o desenvolvimento socioeconômico do estado", disse Cássio Coelho, secretário de Energia e Economia do Mar.
O programa já apresenta casos de sucesso. Lorena Brasil, uma das primeiras bolsistas formadas no curso de Operador de Empilhadeira, demonstra o impacto positivo da iniciativa: "Estou muito feliz. Consegui completar o curso e já me inscrevi para outro, agora o de Taifeiro. Já era uma vontade minha me qualificar e finalmente consegui", relatou.
Segundo Heloisa Aguiar, secretária da Mulher, a parceria é mais uma oportunidade de capacitação. "Romper as barreiras estruturais exige mais do que boa vontade. Precisamos de políticas públicas concretas e investimentos para abrir portas e mais mulheres possam estar em setores predominantemente masculinos", afirmou.