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Redução de pegada de carbono no mundo não é suficiente, diz Credit Suisse

Para investidores com foco no meio ambiente, o Credit Suisse aponta uma ironia em novo relatório: a redução da pegada de carbono em um portfólio não leva necessariamente à diminuição das emissões de gases de efeito estufa

Para investidores com foco no meio ambiente, o Credit Suisse aponta uma ironia em novo relatório: a redução da pegada de carbono em um portfólio não leva necessariamente à diminuição das emissões de gases de efeito estufa (Alexandros Maragos/Getty Images)

Para investidores com foco no meio ambiente, o Credit Suisse aponta uma ironia em novo relatório: a redução da pegada de carbono em um portfólio não leva necessariamente à diminuição das emissões de gases de efeito estufa (Alexandros Maragos/Getty Images)

LB

Leo Branco

Publicado em 11 de fevereiro de 2021 às 10h39.

Para investidores com foco no meio ambiente, o Credit Suisse aponta uma ironia em novo relatório: a redução da pegada de carbono em um portfólio não leva necessariamente à diminuição das emissões de gases de efeito estufa.

“Descarbonizar seu portfólio não é o mesmo que montar uma carteira que ajude a descarbonizar o mundo”, disse James Gifford, responsável por consultoria sobre impacto do banco, em relatório publicado na quinta-feira.

Gifford deu o exemplo de uma fabricante de turbinas eólicas: essa empresa pode ter uma pegada de carbono elevada resultante de seu processo de fabricação, mas seu produto é um componente-chave dos esforços para eliminar combustíveis fósseis. Ao mesmo tempo, comprar ações de uma empresa de baixo carbono em um setor com uma pegada comparativamente pequena, como de mídia, terá um impacto muito limitado sobre a mudança climática, de acordo com o relatório.

Antes uma ameaça distante, a mudança climática se tornou uma realidade urgente para gestores de ativos, que enfrentam demandas crescentes de investidores, reguladores e ativistas para investirem em empresas que contribuam para um futuro mais verde. Uma maneira rápida de acalmar críticos e mostrar evidências de ação climática é reduzir participações intensivas em carbono, mas, ao fazer isso, gestores correm o risco de abrir mão da capacidade de influenciar empresas poluentes.

Os investidores devem “não apenas considerar como reduzir a exposição ao carbono em seus portfólios e garantir que estejam alinhados com um futuro de baixo carbono, mas também explorar se as carteiras estão realmente contribuindo para resolver o desafio climático”, escreveu Gifford no relatório.

Obrigar empresas a reduzirem emissões e reorganizarem seus negócios para um futuro de baixo carbono pode ser um processo árduo e complicado, então investidores que desejam promover mudanças devem escolher sua abordagem com sabedoria, disse Gifford em entrevista em Zurique. Investidores podem exercer o maior impacto sobre as empresas, seja quando ajudam a financiar seu crescimento em estágio inicial nos mercados privados ou quando se envolvem proativamente com companhias de capital aberto.

Embora a maioria das empresas de grande capitalização tenha equipes internas que examinam a sustentabilidade e questões ambientais, há muitas opções disponíveis onde investidores podem ter um impacto significativo, especialmente com empresas de pequena e média capitalização e nos mercados emergentes, disse Gifford.

“Se você sair de empresas que enfrentam riscos climáticos, não será mais possível trabalhar com elas”, disse Gifford. “Muitos investidores desejam permanecer diversificados e, portanto, continuarão investindo em alguns setores que enfrentam riscos climáticos e ajudam a conduzir a transição por meio do engajamento.”

 

 

 

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