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Randoncorp utiliza inovação para criar maquinário com mais eficiência energética

Empresa assinou acordo de investimento de R$ 500 milhões com braço do Banco Mundial para acelerar descarbonização na indústria metalúrgica

Metas ambientais da empresa incluem redução em 40% das emissões de CO2 até 2030, impulsionando a busca por mais investimentos (Germano Lüders/Exame)

Metas ambientais da empresa incluem redução em 40% das emissões de CO2 até 2030, impulsionando a busca por mais investimentos (Germano Lüders/Exame)

Letícia Ozório
Letícia Ozório

Repórter de ESG

Publicado em 18 de junho de 2024 às 07h00.

Última atualização em 18 de junho de 2024 às 12h29.

Em 2023, a Randoncorp, empresa de soluções para transporte, concentrou esforços na criação de produtos com menor impacto ambiental. Um desses produtos é um semirreboque de tração elétrica que reduz em até 25% o uso de combustíveis fósseis. De acordo com o CEO da Randoncorp, Sergio L. Carvalho, o veículo já foi vendido para Chile e México, com previsão de entregar 50 unidades até o final de 2024. A tecnologia inovadora foi desenvolvida inteiramente no Brasil.

A empresa também desenvolveu uma nova carreta que traz maior capacidade de transporte, com potencial para movimentar 84 toneladas a mais de carga por ano em comparação com outros equipamentos do setor, ao mesmo tempo que consome 500 litros a menos de diesel. Já a linha Composs, lançada em 2021, busca substituir componentes metálicos para reduzir o peso final em até 70%, resultando em economia de combustíveis fósseis e maior eficiência energética.

O CEO afirma que os recentes lançamentos com foco na redução do impacto ambiental são adotados principalmente por empresas preocupadas com a produção sustentável, mas que também já consideram o retorno financeiro. Ele explica que há três fases de adoção das soluções: inicialmente, a ambiental, seguida pela lucratividade e, posteriormente, adoção em massa por várias empresas. Os produtos da Randoncorp desenvolvidos com esse olhar se encontram na transição da primeira para a segunda fase, mostrando-se economicamente viáveis.

Em relação aos compromissos, as metas ambientais da empresa incluem redução em 40% das emissões de CO2 até 2030, impulsionando a busca por mais investimentos. Em fevereiro deste ano, a Randoncorp assinou um contrato de financiamento com a International Finance Corporation, braço do Banco Mundial, visando captar 500 milhões de reais para acelerar a descarbonização. Um novo projeto industrial, denominado Caldeira Verde, contribuirá para esse processo com a construção de uma caldeira movida a biomassa, que custará 17 milhões de reais. O equipamento vai reduzir o consumo de combustíveis fósseis e pode responder por metade da meta de descarbonização.

Na área social, a empresa mantém o Instituto Elisabetha Randon, com programas voltados para o apoio de pessoas em vulnerabilidade socioeconômica e capacitações técnicas para jovens. Um desses programas, o Florescer, oferece alimentação e atividades educativas, culturais e esportivas para crianças e jovens em comunidades onde a Randoncorp atua. A empresa garante a segurança de seus funcionários, tendo como objetivo público zerar acidentes graves em suas operações. No ano passado, foram investidos 28 milhões de reais nesse sentido, e para 2024 está previsto um orçamento de 73 milhões de reais. Em relação à diversidade de gênero, a Randoncorp tem a meta de dobrar o número de mulheres na gestão até 2025 — atualmente, a meta está em 16%.

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