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Raízen sinaliza aos sauditas parcerias em biocombustíveis

Necessidade de descarbonização do país do Oriente Médio pode gerar oportunidades para a companhia brasileira na produção de etanol, biodiesel renovável e biogás

Raízen: soluções para descarbonização da indústria de transporte e de energia estão em mais de 50 países (Raízen/Divulgação)

Raízen: soluções para descarbonização da indústria de transporte e de energia estão em mais de 50 países (Raízen/Divulgação)

Estadão Conteúdo
Estadão Conteúdo

Agência de notícias

Publicado em 4 de março de 2024 às 10h20.

De olho no objetivo da Arábia Saudita em transformar sua matriz energética e aumentar a descarbonização de sua economia até 2030, o vice-presidente da Raízen, Paulo Neves, ofereceu a empresários sauditas parcerias na produção de etanol, biodiesel renovável e biogás.

"Já oferecemos soluções para descarbonização da indústria de transporte e de energia em mais de 50 países", destacou o executivo da Raízen, em palestra a empresários dos dois países na "Brazil Saudi Arabia Conference", realizada pelo Lide na sede da Federação das Câmaras de Comércio Saudita, em Riad.

Dependência de diesel

O vp da Raízen lembrou que o Brasil é autossuficiente na produção de petróleo, mas ainda depende da importação de derivados, chegando a 20% da necessidade anual de diesel. "Isso demonstra a complementaridade entre nossos países. O Brasil e a Arábia Saudita têm muitas oportunidades para explorar o setor de energia no comércio bilateral", completou.

O ex-presidente da Eletrobras, Wilson Ferreira Junior, destacou que o Brasil é o segundo maior produtor de etanol do mundo e tem uma indústria crescente de outros biocombustíveis, como o biodiesel e o Combustível Sustentável de Aviação (SAF).

O executivo também detalhou a capacidade brasileira de produzir hidrogênio verde com o uso de eletricidade proveniente de fontes renováveis. "Atualmente, 86% da capacidade instalada do Brasil para produção de eletricidade é renovável, sendo que as fontes eólica e solar já respondem hoje por 25% da produção nacional. A possibilidade de o Brasil crescer nesta área e oferecer energia para o mundo é enorme", completou.

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