Baterias de lítio similares às que são utilizadas em carros elétricos: forte aumento da demanda pode não ser acompanhado pela alta da oferta (Jason Alden/Bloomberg)
Da Redação
Publicado em 5 de maio de 2021 às 13h15.
Última atualização em 5 de maio de 2021 às 13h19.
A corrida por fatias cada vez maiores do mercado de carros elétricos e por energias renováveis vai exigir um aumento da produção tanto de minérios hoje já disponíveis em larga escala como dos chamados minerais raros. Isso se o mundo quiser de fato cumprir com as metas de redução da emissão de carbono nas próximas décadas.
O alerta foi dado pela Agência Internacional de Energia (IEA, na sigla em inglês) em relatório divulgado nesta quarta-feira, 5: "O Papel de Minerais Críticos na Transição para a Energia Limpa".
É uma referência a minérios e minerais como lítio, cobalto, níquel, cobre e outros que são encontrados com menor facilidade no mundo: eles são utilizados em baterias dos carros elétricos, em redes de transmissão e equipamentos de usinas de energia eólica, por exemplo.
Do ponto do investidor, esse cenário cria oportunidades de ganhos expressivos em cima de empresas produtoras ou de ativos que estejam indexados a esses minérios e minerais. Um exemplo são ETFs (os Exchange Traded Funds, ou fundos de índice, que acompanham as ações ou ativos em geral de determinados segmentos da economia).
O ETF VanEck Vectors Rare Earth/Strategic Metals (REMX) acumula valorização próxima a 80% nos últimos seis meses diante da demanda crescente e das perspectivas para o setor. Ele segue empresas produtoras de tais minerais.
Segundo o relatório da IEA, a demanda pelos tais "minerais críticos" pode crescer até seis vezes até 2040, a depender da disposição de governos em todo o mundo em acelerar e cumprir com as metas de redução da emissão de carbono.