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Quem lidera a geração de energia nuclear no mundo?

Os EUA detêm maior potência instalada, enquanto China concentra a expansão da capacidade nuclear

Energia nuclear: China lidera novos projetos enquanto EUA mantêm maior capacidade em operação.

Energia nuclear: China lidera novos projetos enquanto EUA mantêm maior capacidade em operação.

Publicado em 23 de outubro de 2025 às 10h30.

A energia nuclear continua sendo uma peça-chave na matriz energética global, embora sua participação no fornecimento de eletricidade permaneça decrescente. O relatório World Nuclear Industry Status Report 2025 mostra como diferentes países se posicionam nesse cenário, e evidencia que, enquanto os Estados Unidos seguem como líderes em capacidade instalada em operação, é a China quem puxa a fila dos projetos em construção.

Atualmente, o mundo conta com 408 reatores nucleares em operação, que somam 368,7 GW de potência instalada. O ranking dos países com maior capacidade em operação revela a concentração desse tipo de geração em poucas potências.

Conheça o top 5 países líderes em capacidade nuclear em operação (GW), segundo o World Nuclear Industry Status Report:

  1. Estados Unidos – 96,9 GW (94 reatores)
  2. França – 63 GW (57 reatores)
  3. China – 56,7 GW (59 reatores)
  4. Rússia – 26,8 GW (36 reatores)
  5. Coreia do Sul – 24 GW (24 reatores)

Esses cinco países concentram mais de 70% de toda a capacidade nuclear em operação no planeta, indicando a natureza altamente concentrada dessa indústria. Os números também mostram a disparidade de estratégias, com os EUA e a França sustentando sua liderança com parques antigos. Ao mesmo tempo, a China aparece no ranking com usinas mais recentes e, sobretudo, com um ritmo de expansão acelerado.

A questão se altera completamente quando se olha para os reatores em construção. Hoje, dos 63 projetos em obras no mundo, 32 estão localizados na China, que sozinha responde por mais da metade da nova capacidade prevista para os próximos anos. A aposta mostra o investimento pesado do país em energia nuclear, buscando ampliar a segurança energética e reduzir sua dependência do carvão.

O avanço chinês contrasta com o envelhecimento das usinas nos países desenvolvidos. Nos Estados Unidos e na França, a idade média dos reatores ultrapassa 39 anos, o que pressiona por investimentos em renovação, modernização e segurança. Já em países emergentes, sobretudo na Ásia, a expansão nuclear é vista como parte de uma estratégia de crescimento energético de longo prazo.

Percebe-se, então, que o setor possui uma situação peculiar: de um lado, nações com economias consolidadas estendem a vida útil de suas usinas para manter participação no mercado energético e, de outro, economias em desenvolvimento, lideradas pela China, apostam na expansão nuclear como forma de garantir energia estável e reduzir emissões em um contexto global de transição energética.

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