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Fotovoltaica: novos contratos de financiamento aceleram à medida que os juros caem (Sean Gallup/Getty Images)
Jornalista
Publicado em 8 de fevereiro de 2024 às 12h43.
Última atualização em 8 de fevereiro de 2024 às 13h45.
Os cortes na taxa básica de juros, iniciados pelo Comitê de Política Monetária (Copom) em outubro de 2023, têm impactado no volume de financiamentos para a instalação de energia solar nas residências.
Levantamento feito pela fintech Meu Financiamento Solar mostra que, de agosto a dezembro de 2023, cerca de 600 mil novas unidades consumidoras aderiram à tecnologia fotovoltaica, ante os 400 mil consumidores conectados no primeiro semestre do ano passado. Ou seja, o crescimento das unidades com energia solar em residências, empresas e propriedades rurais financiadas foi de 50% no período.
Em agosto do ano passado, o Copom decidiu reduzir a Selic em 0,5 ponto percentual. A taxa estava em 13,75% ao ano desde agosto de 2022 e baixou para 13,25% naquele mês, depois de três anos sem cortes. Na primeira reunião de 2024, o Comitê optou por nova redução, de mais 0,5 ponto percentual, com a taxa chegando a 11,25%.
Ainda segundo a fintech, especializada em financiamento para projetos fotovoltaicos de geração própria de energia solar, apenas em novembro de 2023, o volume de simulações de crédito cresceu 20% em comparação com outubro.
“Com o novo anúncio de 11,25% da Selic, em janeiro deste ano, o mercado fotovoltaico deve entrar em nova onda de otimismo e crescimento, já que o cenário de queda da taxa de juros impulsiona significativamente o setor de energia solar”, avalia Carolina Reis, diretora do Meu Financiamento Solar.
Segundo a executiva, o corte dos juros facilita contratação de financiamento pelos clientes, além de reduzir do tempo de retorno do investimento. O clima de confiança dos consumidores, ainda de acordo com a diretora da fintech, pode acelerar ainda mais novos projetos de energia solar tanto em residências quanto em empresas em 2024. Já é possível identificar, por exemplo, o aumento da procura pela geração fotovoltaica por condomínios residenciais.
O levantamento nacional foi elaborado com base nos balanços oficiais da Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel) e da Associação Brasileira de Energia Solar Fotovoltaica (Absolar).
Além da Selic, também influenciou a aceleração no número de instalações solares a elevação das temperaturas nos últimos meses, que levou ao aumento do consumo de energia.
No acumulado, a geração própria de energia solar ultrapassou recentemente a marca de 25 gigawatts (GW) de potência instalada em residências, comércios, indústrias, propriedades rurais e prédios públicos no Brasil, com mais de 3,2 milhões de unidades consumidoras atendidas pela tecnologia fotovoltaica.
Segundo a Absolar, desde 2012, foram cerca de R$ 125,8 bilhões em novos investimentos, que geraram mais de 751,2 mil empregos acumulados no período.